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Depois de embaixada, Itaú é alvo de bomba no Chile
Nenhuma organização assumiu autoria de ataques
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
Uma semana após o ataque à
Embaixada do Brasil em Santiago, outra bomba explodiu
em uma instituição brasileira
na capital chilena, desta vez em
uma agência do banco Itaú. O
ataque aconteceu à 0h30 de ontem e provocou danos na sucursal do banco e em casas vizinhas, mas não deixou feridos.
Assim como no ataque à embaixada, nenhum grupo reivindicou a ação, e não havia nenhum panfleto no local que pudesse identificar os autores. Na
semana passada, o embaixador
do Brasil no Chile, Mario Vilalva, afirmara que aquele era um
ato isolado, opinião respaldada
pelo governo chileno.
Em um comunicado, o Itaú
informou que "está trabalhando para a recomposição da
agência e prestando todo o
apoio às autoridades chilenas,
que estão investigando o caso".
Recentemente, o Ministério
Público formou uma equipe para investigar os cerca de 40 ataques com bombas caseiras dos
últimos meses. "Não é uma organização centralizada. Estamos lidando com uma estrutura difusa e, por isso, duplamente difícil de investigar", disse o
promotor Sabas Chahuán.
Na segunda-feira, um grupo
de anarquistas, a quem o governo costuma atribuir os ataques
anônimos, reivindicou um
atentado a uma torre de alta
tensão no caminho para as estações de esqui da região metropolitana. Segundo um e-mail enviado à imprensa, o plano era "sabotar os centros de
diversão dos ricos e preparar
um setembro subversivo".
Ataques desse tipo não são
novidade no Chile e se intensificam quando se aproxima 11 de
setembro, data do início da ditadura de Augusto Pinochet
(1973-1990). Na tarde de ontem, o prédio do Ministério da
Economia foi esvaziado por um
falso alerta de bomba.
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