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Bush diz que tem
pouca esperança
de evitar guerra
DA REDAÇÃO
O presidente George W.
Bush disse ontem que tem poucas esperanças de que o Iraque
vá desarmar-se pacificamente
evitando assim a ação militar.
A declaração foi feita no programa semanal de rádio do
presidente e ocorre na véspera
da viagem de Bush aos Açores,
para a cúpula com os premiês
Tony Blair e José Maria Aznar.
"Há poucas razões para acreditar que Saddam Hussein vá desarmar-se".
Segundo funcionários do governo dos Estados Unidos, a
cúpula de Açores não deve ser
considerada um conselho de
guerra, mas um último esforço
para para buscar a unidade no
Conselho de Segurança (CS) e
forçar Saddam a desarmar-se
pacificamente.
Em Londres, porém, o secretário das Relações Exteriores
do Reino Unido, Jack Straw,
disse que as perspectivas de
uma ação militar eram muito
mais prováveis agora e que lamentava muito isso. O chanceler também afirmou que a coalizão anti-Iraque já tem autoridade legal para agir contra o
Iraque. Straw disse à rádio BBC
que a resolução 1441, aprovada
por unanimidade em novembro, dá base legal para a guerra.
Straw afirmou ainda não ter
certeza de que uma nova resolução será submetida ao CS.
O embaixador britânico nas
Nações Unidas, Jeremy
Greenstock, afirmou que a
guerra pode estar a apenas alguns dias de seu início.
O chanceler francês, Dominique de Villepin, reafirmou a
posição de seu país e disse que,
até agora, "não há nenhum
motivo para atacar o Iraque.
Lista negra
O governo americano divulgou pela primeira vez a lista das
autoridades iraquianas que seriam julgadas por crimes contra a humanidade após um ataque dos EUA. Entre os listados
destacam-se os dois filhos de
Saddam Hussein.
Uma lista completa traz mais
de 2.000 nomes da elite iraquiana, mas o rol divulgado ontem
identifica apenas 12 pessoas:
além de Uday e Qusay (filhos
de Saddam, constam também
Ali Hassan al-Hamid, que foi
governador do Kuait durante a
ocupação iraquiana de 1990-91,
e Muhammad Hamza al-Zubaidi, acusado de ser o responsável por atrocidades contra os
xiitas do sul do Iraque em 1991.
Autoridades dizem que, se ao
menos esse grupo listado pela
inteligência dos EUA se dispuser a sair do Iraque, uma ação
militar poderia ser evitada. Essa exigência não faz parte da resolução 1441, da ONU.
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