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Milícias atacam flagelados dos confrontos
DA REDAÇÃO
O conflito na Geórgia já
forçou mais de 100 mil
pessoas a deixarem suas
casas, indica a mais recente estimativa do Alto Comissariado das Nações
Unidas para Refugiados
(Acnur). Dos 118 mil deslocados, pelo menos 30 mil
deixaram a Ossétia do Sul
e cruzaram a fronteira russa para a Ossétia do Norte,
e cerca de 60 mil seguiram
na direção oposta, rumo à
capital georgiana, Tbilisi.
O acesso aos flagelados
do conflito é a "prioridade
número um" da ONU, segundo o coordenador local
das Nações Unidas, Robert
Watkins, que se disse alarmado com o banditismo.
"Grupos paramilitares e
criminosos se aproveitam
da incerteza e da ausência
de autoridades. Em termos de segurança, a situação é parecida com o que
aconteceu no Iraque após
a invasão", diz Watkins.
Sarmat Kapisov, 17,
atravessou a floresta a pé
com a família, fugindo dos
conflitos na Ossétia do Sul.
Nas costas, carregava um
dos irmãos mais novos,
que tem paralisia cerebral.
"Não foi fácil", disse o adolescente, abrigado com a
mãe e sete irmãos em um
convento ortodoxo do lado russo da fronteira. Os
dois filhos mais velhos e o
pai ficaram para lutar ao
lado dos russos.
Enquanto Moscou e
Tbilisi trocam acusações
de "limpeza étnica", os refugiados em território russo culpam o presidente
Mikhail Saakashvili -que
ordenou que suas tropas
invadissem a Ossétia do
Sul no último dia 7 para
sufocar separatistas.
"O governo enlouqueceu. Os georgianos vieram
matando todo mundo",
diz Leyla Bessateva, moradora de uma vila próxima à
capital regional, que perdeu a casa. "Queriam destruir a Ossétia do Sul em
uma noite." Nos abrigos
georgianos, os papéis se
invertem."Eles [ossetianos e russos] entraram nas
casas, levaram o quiseram,
queimaram tudo", contou
a idosa georgiana Elene.
Com agências internacionais
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