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SAÚDE
Remédio é vendido no Brasil
Pfizer alerta nos EUA sobre risco da Bextra
DA REDAÇÃO
O laboratório Pfizer alertou ontem médicos nos Estados Unidos
que seu antiinflamatório Bextra
pode aumentar o risco de ataque
cardíaco ou derrame em pacientes que fizeram ponte de safena. O
anúncio vem duas semanas após
a Merck retirar do mercado seu
antiinflamatório Vioxx por razões semelhantes.
A Pfizer afirmou que um estudo
clínico envolvendo mais de 1.500
pacientes mostrou que aqueles
que passaram por cirurgia de
ponte de safena e tinham tomado
Bextra tiveram maior risco cardiovascular. Uma pesquisa inicial
feita no ano passado suscitou
preocupações similares nesses
pacientes safenados.
Os antiinflamatórios conhecidos como inibidores de Cox-2,
como Bextra e Vioxx, têm sido
largamente prescritos para pessoas com artrite. O recall da
Merck e, agora, o alerta da Pfizer
devem alimentar o debate sobre a
segurança desses medicamentos.
O FDA (órgão americano que
regula alimentos e fármacos) informou ontem que a agência promoveria uma reunião de especialistas independentes em janeiro
sobre o tema. Serão analisados os
riscos e benefícios dessas drogas.
Reguladores de outros países
também deram indicações de planos de rever as drogas Cox-2.
O laboratório informou que já
está conduzindo pesquisa para
saber ser o Bextra aumenta o risco
cardiovascular em usuários com
dor crônica. A existência de uma
reação dermatológica rara e potencialmente fatal ao remédio
também foi divulgada.
Segundo a assessoria de imprensa da Pfizer no Brasil, a empresa vai alterar a bula do remédio comercializado nos EUA, colocando o alerta para o risco cardiovascular em pacientes safenados. O Bextra está no mercado
norte-americano desde 2001.
No Brasil, ainda de acordo com
a assessoria, a bula já apresenta o
alerta porque o remédio começou
a ser vendido em 2003, quando os
resultados preliminares sobre o
risco já eram conhecidos.
Com o "New York Times"
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