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Rantisi assumiu liderança há três semanas
DA REDAÇÃO
Abdel Aziz Rantisi, 56, permaneceu menos de um mês como dirigente militar do Hamas, posto que passou a ocupar após a morte, por Israel, do
xeque Ahmed Yassin, que, embora não cuidasse dos detalhes
operacionais da organização
islâmica, era seu fundador e dirigente espiritual.
"Os israelenses não conhecerão a paz e a segurança", ameaçou ele em 23 de março, quando foi apresentado como o sucessor de Yassin.
Rantisi não era em verdade o
único líder da sua organização.
Khaled Meshaal, baseado na Síria, dividia com ele o poder e
continua a ser o responsável
pelas ações políticas do grupo,
cargo mais importante na tomada de decisões.
Considerado um dos "duros"
e defensor de uma posição de
intransigência com os israelenses, ele nasceu na atual cidade
israelense de Ashkelon, mas
mudou-se com a família para
Gaza após a criação de Israel.
Tinha 11 irmãos. Instalado
com os pais num campo de refugiados, estudou numa escola
mantida por uma agência da
ONU para refugiados palestinos. Em 1965 mudou-se para
Alexandria, onde em 1971 se
formaria em medicina e se especializaria em pediatria.
Em 1982 passou três semanas
preso por se negar a pagar impostos a Israel. Dois anos depois seria demitido do hospital
israelense em que trabalhava.
Preso por dois anos, ele estava entre os 415 palestinos ligados a grupos terroristas que Israel libertou e expulsou para o
Líbano em 1992, de onde foi autorizado a retornar a Gaza.
Foi um dos co-fundadores do
Hamas, em 1987. O grupo tem
como objetivo a destruição de
Israel e sua substituição por um
Estado islâmico.
Rantisi foi porta-voz de sua
organização antes assumir no
mês passado a liderança militar. Sua figura pequena, encorpada, com cabelos espessos e
barba curta era freqüente nas
telas de televisão. Bom orador,
representava uma geração de
militantes palestinos que se
opunha à liderança laica de
Arafat e acreditava que a identidade de seu povo está ligada
ao islamismo.
Em junho do ano passado
Rantisi e um de seus filhos foram feridos por um projétil
lançado de um helicóptero militar israelense. Ele havia rejeitado um apelo do então premiê
palestino, Mahmoud Abbas,
para que o Hamas cessasse seus
atentados contra alvos civis israelenses.
Com agências internacionais
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