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ORIENTE MÉDIO
Reunião entre premiês ocorre em meio a ataques que deixaram ao menos dois israelenses e um palestino mortos
Violência ofusca cúpula Sharon-Mazen
DA REDAÇÃO
Os premiês israelense, Ariel
Sharon, e palestino, Abu Mazen,
se reuniram ontem à noite durante três horas para discutir um novo plano de paz para a região patrocinado pelos EUA. O encontro,
a primeira cúpula israelo-palestina desde o início da Intifada (levante palestino contra a ocupação
israelense), em setembro de 2000,
foi ofuscado pela violência.
Em dois ataques separados na
Cisjordânia, um homem-bomba
palestino matou um homem israelense e sua mulher, grávida, e
um atirador invadiu uma colônia
judaica, ferindo um morador com
gravidade. Em Gaza, um militante
palestino de 20 anos foi morto por
soldados de Israel.
Sharon e Mazen acordaram se
encontrar novamente em breve,
numa data ainda não definida,
após o retorno do premiê israelense dos EUA. Ele se encontra na
terça-feira com o presidente
George W. Bush para discutir o
plano de paz, chamado de "mapa
do caminho", que prevê o estabelecimento de um Estado palestino
até 2005.
Segundo membros do governo
palestino, Mazen pediu, durante o
encontro, que Israel aceite o plano
integralmente antes que suas medidas recíprocas comecem a ser
implementadas.
Ambos os lados manifestam reservas em relação ao plano, principalmente em relação a quem terá de dar os primeiros passos para
a sua implementação.
Israel acusa os palestinos de
promoverem o terrorismo, e os
palestinos pedem a retirada israelense dos territórios ocupados da
Cisjordânia e da faixa de Gaza como condição para o diálogo.
Sharon deve levar a Bush mais
de uma dezena de objeções ao
plano, que pede o congelamento
das construções de colônias judaicas nos territórios ocupados e
a retirada militar das cidades palestinas, num primeiro estágio.
A reunião de ontem ocorreu
após a aprovação de Abu Mazen
como premiê, no mês passado,
por pressão de Israel e dos EUA,
que pretendiam, com isso, isolar o
presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Iasser Arafat,
a quem acusam de fomentar a
violência e a onda de ataques suicidas em território israelense.
Arafat, confinado por Israel há
mais de um ano na sede da ANP,
em Ramallah, nega as acusações.
Num sinal das divisões dentro
da ANP, o principal negociador
palestino, Saeb Erekat, aliado de
Arafat, pediu demissão anteontem, após ser deixado de fora da
delegação que foi ao encontro de
ontem. A renúncia de Erekat foi
aceita ontem por Mazen.
Com agências internacionais
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