São Paulo, quarta-feira, 18 de junho de 2008 |
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Entrevista Especialista vê calmaria antes de voto nos EUA
SAMY ADGHIRNI
A trégua entre Israel e o
Hamas se inscreve numa lógica de apaziguamento que
está contagiando todo o
Oriente Médio, segundo
Paul Salem, diretor do escritório em Beirute do centro
de estudos americano Carnegie Endowment.
FOLHA - O senhor acredita que esta trégua, não confirmada por Israel, pode funcionar? PAUL SALEM - A recente confirmação oficial dos contatos entre Síria e Israel com mediação turca traduzem bem o momento atual do Oriente Médio. Nos últimos seis meses, o que se nota é uma clara tendência ao apaziguamento por parte de todos os protagonistas. A Síria tem pedido moderação ao Hamas, que por sua vez também sofre com os ataques israelenses e o isolamento imposto a Gaza. O Hizbollah também ficou muito abalado com a guerra de 2006 e não quer outra guerra com Israel. E o governo israelense está bastante fragilizado por questões internas. É nesse contexto que a trégua em Gaza se encaixa. Será uma trégua frágil e instável, mas é um sinal de que a atmosfera está melhor. FOLHA - O fato de Israel adotar
uma posição mais pragmática
em relação a grupos como Hamas e Hizbollah parece sinalizar o
fim da era Bush para o Oriente
Médio...
FOLHA - Porque Israel reluta em
admitir oficialmente a existência
de contatos, ainda que indiretos,
com o Hamas?
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