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Presença da dirigente indonésia causa tensão
DA REPORTAGEM LOCAL
A independência de Timor Leste será acompanhada por representantes de cerca de 80 países em
Dili, capital do novo país. Será o
191º Estado com assento na Organização das Nações Unidas.
As autoridades da ilha esperam
até 100 mil pessoas em cerimônias
por todo o país.
A grande expectativa era com
relação à presença da presidente
da Indonésia, Megawati Sukarnoputri, na cerimônia.
Megawati foi uma crítica loquaz
do plebiscito que resultou na independência do país.
Mesmo após chegar à Presidência, não escondeu a frieza no relacionamento com o país vizinho.
Há duas semanas, no entanto,
após um apelo pessoal do presidente eleito de Timor, Xanana
Gusmão, ela decidiu comparecer.
Antes de ela chegar ao novo
país, porém, o governo indonésio
enviou seis navios de guerra à região, causando apreensão nos timorenses.
Já a delegação norte-americana
será liderada pelo ex-presidente
Bill Clinton.
O Brasil será representado pelo
ministro das Relações Exteriores,
Celso Lafer. Também irá o líder
do PPS na Câmara, João Herrmann (SP).
"Por nossa herança colonial comum, Timor Leste pode ser uma
base geopolítica para o Brasil na
região do Pacífico", declarou
Herrmann.
O Brasil enviou cerca de 200 servidores para o esforço de reconstrução do país, principalmente
nas áreas de educação, assistência
social e apoio militar.
O servidor mais graduado é Sérgio Vieira de Mello, o responsável
pela administração transitória da
ilha durante o processo de construção de sua estrutura.
Após finalizar seu trabalho em
Timor, ele retoma a carreira nas
Nações Unidas. Segundo o jornal
suíço "Tribuna de Genebra",
Vieira de Mello é favorito para suceder à irlandesa Mary Robinson
na direção do Alto Comissariado
da ONU para os Direitos Humanos.
Com agências internacionais
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