São Paulo, domingo, 20 de julho de 2008

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Obama começa tour com visita a Cabul

Antes de ir à Europa, democrata passará pelo Iraque, após premiê do país declarar apoio a seu plano de retirada das tropas

DA REDAÇÃO

O pré-candidato democrata à Presidência dos EUA, Barack Obama, chegou ao Afeganistão ontem, na primeira parada de sua viagem pelo Oriente Médio e pela Europa. Antes, o senador fez breve visita às tropas americanas no Kuwait.
A viagem é parte da estratégia de Obama para melhorar sua imagem em questões de política externa, alvo de críticas dos rivais republicanos. "Quero conversar com os comandantes e ter uma idéia de quais são suas preocupações", disse ele pouco antes de deixar os EUA.
No Afeganistão, a delegação do senador ouviu apresentações do comandantes militares e viajou ao leste afegão, problemática área de fronteira com o Paquistão. Ao escolher iniciar o tour pelo país, Obama busca reforçar sua visão de que os EUA devem concentrar forças ali, e não drená-las para o Iraque. O senador se encontraria hoje com o presidente afegão, Hamid Karzai.

Premiê iraquiano
A viagem prossegue por mais seis países, incluindo o Iraque. Detalhes não foram divulgados por motivo de segurança.
Obama chegará a Bagdá após o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Malik, apoiar o plano do democrata de retirada tropas americanas do país num período de 16 meses.
À revista alemã "Der Spiegel", divulgada ontem, Malik citou a proposta e disse: "Pensamos que esse seria o calendário correto, com possibilidade de ligeiras mudanças".
A declaração aparece um dia depois de o governo George W. Bush dizer que negocia com Bagdá um "horizonte temporal genérico" para a redução de um contingente militar americano.
Questionada sobre a entrevista, a Casa Branca afirmou que não há contradição entre a visão de Maliki e a do governo, embora o premiê iraquiano tenha enfatizado que esticar a permanência dos EUA no país pode causar problemas.
Ontem, o pré-candidato republicano, John McCain, voltou a criticar Obama por ter anunciado sua estratégia para o Oriente Médio antes de conhecer a situação de perto.


Com agências internacionais


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