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Obama começa tour com visita a Cabul
Antes de ir à Europa, democrata passará pelo Iraque, após premiê do país declarar apoio a seu plano de retirada das tropas
DA REDAÇÃO
O pré-candidato democrata à
Presidência dos EUA, Barack
Obama, chegou ao Afeganistão
ontem, na primeira parada de
sua viagem pelo Oriente Médio
e pela Europa. Antes, o senador
fez breve visita às tropas americanas no Kuwait.
A viagem é parte da estratégia de Obama para melhorar
sua imagem em questões de política externa, alvo de críticas
dos rivais republicanos. "Quero
conversar com os comandantes
e ter uma idéia de quais são
suas preocupações", disse ele
pouco antes de deixar os EUA.
No Afeganistão, a delegação
do senador ouviu apresentações do comandantes militares
e viajou ao leste afegão, problemática área de fronteira com o
Paquistão. Ao escolher iniciar o
tour pelo país, Obama busca reforçar sua visão de que os EUA
devem concentrar forças ali, e
não drená-las para o Iraque. O
senador se encontraria hoje
com o presidente afegão, Hamid Karzai.
Premiê iraquiano
A viagem prossegue por mais
seis países, incluindo o Iraque.
Detalhes não foram divulgados
por motivo de segurança.
Obama chegará a Bagdá após
o primeiro-ministro iraquiano,
Nuri al Malik, apoiar o plano do
democrata de retirada tropas
americanas do país num período de 16 meses.
À revista alemã "Der Spiegel", divulgada ontem, Malik citou a proposta e disse: "Pensamos que esse seria o calendário
correto, com possibilidade de
ligeiras mudanças".
A declaração aparece um dia
depois de o governo George W.
Bush dizer que negocia com
Bagdá um "horizonte temporal
genérico" para a redução de um
contingente militar americano.
Questionada sobre a entrevista, a Casa Branca afirmou
que não há contradição entre a
visão de Maliki e a do governo,
embora o premiê iraquiano tenha enfatizado que esticar a
permanência dos EUA no país
pode causar problemas.
Ontem, o pré-candidato republicano, John McCain, voltou a criticar Obama por ter
anunciado sua estratégia para o
Oriente Médio antes de conhecer a situação de perto.
Com agências internacionais
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