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análise
Sarkozy tenta impor estilo populista à UE
JOHN LICHFIELD
DO "INDEPENDENT"
O presidente Nicolas
Sarkozy adotou a doutrina
de Ferdinand Foch, general francês da Primeira
Guerra Mundial: "Europa
em crise. Situação excelente. Vou atacar".
O desempenho de Sarkozy na cúpula em Bruxelas, nos últimos dias, prenuncia seis meses combativos de presidência francesa da UE. Sarkozy espera que o "não" da Irlanda
ao Tratado de Lisboa lhe
sirva como "trunfo" para
promover uma agenda que
mistura liberalismo, pragmatismo, protecionismo e
populismo.
Não poderia haver momento melhor, disse ele,
"para levar adiante as
questões que levantamos,
que têm importância prática e imediata para as pessoas comuns". São elas:
um "pacto" europeu sobre
a política de imigração;
ação quanto às alterações
climáticas; uma tentativa
de conter os preços da
energia; e uma reforma
das políticas agrícola e de
defesa da UE.
O governo francês diz
que pretende utilizar seu
período na presidência para provar que a UE é uma
instituição funcional. Um
exemplo, de acordo com
Sarkozy, é seu plano de reduzir o imposto sobre a gasolina e o diesel assim que
os preços do petróleo no
mercado mundial ultrapassem um limite.
Trata-se de uma questão sobre a qual a Europa
pode agir rapidamente, e
que teria impacto direto
sobre a vida cotidiana. A
Comissão Européia diz
que o corte do imposto que
incide sobre o varejo da
gasolina prejudicaria os
esforços da UE para combater o aquecimento global. Mesmo assim, Sarkozy conseguiu um acordo
no sentido de que ele e a
comissão devem "estudar"
a idéia de uma "limitação"
nos impostos.
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