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CHILE
Estudantes ocupam catedral e sedes da ONU em protesto
DA REDAÇÃO
Cerca de 30 estudantes secundaristas e universitários
foram presos ontem no Chile, após protestos contra a
nova LGE (Lei Geral da Educação), aprovada quinta-feira por 96 votos a 12 na Câmara dos Deputados.
Durante a manhã de ontem, grupos de manifestantes tentaram bloquear o
trânsito em avenidas de Santiago, mas foram desmobilizados pela polícia, que prendeu oito pessoas.
Os protestos continuaram
com a ocupação de vários órgãos públicos e privados da
capital, entre eles a Secretaria Municipal de Educação,
invadida por 20 estudantes.
Outros 30 tomaram o antigo
Congresso Nacional, mas foram retirados pela polícia.
Cerca de dez estudantes
também ocuparam a sede regional da Unesco (Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura). A polícia tentou expulsá-los, mas a diretora do órgão,
Rosa Blanco, permitiu que
permanecessem no lugar,
onde leram um comunicado
de protesto à LGE.
O edifício da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a
Infância), a catedral católica
metropolitana e a sede da
Câmara dos Deputados em
Santiago também foram invadidos por manifestantes.
Uma marcha de estudantes, que saía do bairro de Providencia para o centro da capital, foi reprimida pela polícia e 25 jovens acabaram presos. Todas as mobilizações
foram arquitetadas pela Federação de Estudantes da
Universidade do Chile, com
o objetivo de "ler um comunicado público contra a LGE
e fazer outras demandas do
movimento estudantil em
prol do ensino público".
Há semanas professores e
estudantes protestam, pedindo a revisão da lei -criada para substituir a Loce, que
na ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990) municipalizou a escola pública e instituiu subsídios à rede privada.
Para convencer a oposição
e tentar aplacar os ânimos
populares, o governo lançou
na quinta-feira um projeto
de lei separado que vai rever
o custeio do ensino público.
O sindicato nacional dos
professores, em greve desde
o início da semana, prometeu mais mobilizações contra a lei, que agora segue para
votação em Senado.
Com agências internacionais.
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