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Erros causaram mortes francesas no Afeganistão
DA REDAÇÃO
Sobreviventes da emboscada
que anteontem matou dez militares franceses no Afeganistão
disseram que o pelotão que liderava a travessia de uma passagem entre as montanhas ficou quatro horas sob fogo ininterrupto do Taleban, grupo radical islâmico, antes que a
Otan, a aliança militar ocidental, enviasse reforços.
Os soldados também afirmaram que a artilharia dos helicópteros aliados passou a disparar indistintamente contra
os inimigos e contra os franceses, sendo por isso responsáveis por uma parte das baixas.
Os depoimentos, com seus
autores não identificados pelos
nomes, foram colhidos num
hospital de Cabul por um repórter do "Le Monde".
Segundo a Reuters, o Pentágono negou que soldados tenham sido mortos por atiradores que davam cobertura aérea
à operação, enquanto o comando militar francês no Afeganistão desmentiu a existência de
erros de ordem tática.
O presidente francês, Nicolas
Sarkozy, que ontem pela manhã chegou ao Afeganistão para
se solidarizar com seu contingente, não comentou essas delicadas informações. Reafirmou o engajamento da França
na luta contra os terroristas do
Taleban e disse não se arrepender do envio de 700 novos combatentes àquele país. O contingente francês é hoje de 3.000
militares, o quarto maior.
O "Financial Times" fornece
detalhes sobre o fortalecimento do grupo islâmico. Afirma
que ele mantém o controle de
territórios a partir de Maidan
Shah, localidade a 30 minutos
de Cabul, antes considerada
área segura. Diz que os comandantes do Taleban estudam a
possibilidade de isolar a capital
afegã, repetindo o cerco de
1990, com a retirada das tropas
soviéticas, depois de dez anos
(1978-1988) seguidos de combates e pesadas baixas.
Com agências internacionais
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