|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Game show" elege candidato à Casa Branca
ANDREW BUNCOMBE
DO "THE INDEPENDENT", EM WASHINGTON
Esqueça aquelas pessoas sem talento e desafinadas esperançosas
de se tornar uma estrela popular.
A grande questão agora é: quem
quer ser presidente?
O projeto de um novo "game
show" televisivo pretende convidar pessoas a concorrer à Presidência dos EUA, com telespectadores votando pelo seu candidato
favorito. O vencedor vai concorrer como "o candidato popular"
às eleições presidenciais de 2004.
"Estamos tentando ver se há um
jovem Abraham Lincoln (presidente americano de 1861 a 1865)
por aí, alguém cuja visão poderá
entusiasmar o publico de forma
excitante", diz o documentarista
R. J. Cutler, diretor do novo programa, "American Candidate"
(candidato americano).
"Assim como o "American Idol"
[programa da TV americana semelhante a "Fama" e "Popstars'"
procurava talentos musicais desconhecidos, o "American Candidate" estará em busca de habilidades políticas e de liderança não
aproveitadas", diz.
Para se tornar um candidato em
potencial, os concorrentes terão
de preencher formulários, gravar
vídeos explicando por que eles
poderiam se tornar grandes presidentes e juntar um grupo de pelo
menos 50 simpatizantes. Tudo isso parece um pouco mais complicado do que pegar o trabalho somente porque seu pai já o havia
exercido antes.
Cerca de cem candidatos serão
selecionados para as séries, e a cada semana os candidatos participarão de várias competições, como debates políticos e sobre questões éticas.
Segundo a revista "Variety", o
episódio final deverá ser uma
convenção em Washington em
julho de 2004. Numa transmissão
ao vivo, os telespectadores escolherão o vencedor entre três finalistas. Outros programas deverão
seguir posteriormente o candidato durante sua campanha para a
Casa Branca.
Parece que um processo tão maravilhosamente democrático é algo que ameaça uma administração que venceu a eleição presidencial por meio de procedimentos de votação imperfeitos na Flórida: ninguém na Casa Branca
quis comentar o assunto na última sexta-feira.
Texto Anterior: América Latina: Crise argentina gera esquisitices políticas Próximo Texto: Panorãmica: Rússia: Deslizamento de gelo atinge sul do país Índice
|