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Número de rendições
é de 2.000, diz general
DA REDAÇÃO
O general Tommy Franks, comandante das forças dos EUA no
golfo Pérsico, afirmou que até
2.000 iraquianos se renderam nas
imediações de Basra, no sul do
Iraque. Anteontem, o Pentágono
havia anunciado a rendição de
8.000 soldados, toda uma divisão
de infantaria, nessa região.
"Temos prisioneiros de guerra
inimigos, cujo número oscila entre mil e 2.000, sob a nossa custódia", declarou Franks. O novo número foi confirmado em Washington, por Stanley McChrystal,
diretor de operações do Departamento de Estado dos EUA.
McChrystal e Franks apresentaram a mesma justificativa para a
mudança do número: milhares de
homens não se renderam, mas
desistiram de lutar e foram para
casa. "Não houve rendição em
massa", declarou McChrystal.
McChrystal acrescentou que,
até o momento, nenhuma arma
de destruição em massa foi encontrada pelas forças anglo-americanas que entraram no Iraque.
Em sua primeira entrevista à
imprensa desde o início da guerra, Franks afirmou que a campanha militar no Iraque será como
"nenhuma outra na história".
No quartel-general das forças
norte-americanas, no Qatar,
Franks disse que o ataque ao Iraque envolve "choque, surpresa e
flexibilidade", com o uso de força
"avassaladora" e munição em
uma "escala jamais vista".
Paradeiro incerto
O general admitiu desconhecer
o paradeiro de Saddam Hussein.
"Não tenho idéia do lugar onde
ele se encontra", afirmou Franks.
"Não sei se ele está vivo ou se está
morto", acrescentou, ao responder às perguntas sobre informações não confirmadas de que o ditador iraquiano teria sido atingido por um dos bombardeios e
que estaria morto ou ferido.
Franks, no entanto, minimizou
a importância do destino do ditador iraquiano, afirmando que a
operação liderada pelos EUA tem
como objetivo a derrocada de todo o regime. "Não se trata dessa
personalidade [Saddam], se trata
de um regime", disse.
O comandante norte-americano declarou estar satisfeito com a
operação militar realizada até
agora. "Estamos cumprindo os
planos previstos. Estou satisfeito", afirmou, acrescentando que
as forças lideradas pelos EUA estão avançando em torno da capital iraquiana.
"A operação se desenrola no
norte, no oeste, no sul e em torno
de Bagdá", completou.
De acordo com Franks, a ofensiva da coalizão levou um quarto do
tempo para percorrer a mesma
distância da maior ofensiva terrestre realizada durante Guerra
do Golfo, em 1991.
O general acrescentou que a
operação no Iraque é "uma guerra de libertação, não de ocupação". Franks assegurou que as
forças britânicas e norte-americanas que estão cercando a cidade
de Basra (sul) não entrarão na cidade. "Não pensamos em atravessar Basra e criar confrontações na
cidade", afirmou.
Com agências internacionais
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