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Árabes fazem mais manifestações
DA REDAÇÃO
Embora manifestações públicas
contra a guerra sejam proibidas
na maior parte dos países do golfo
Pérsico e do Oriente Médio, o sentimento contra a guerra é forte na
região. Ontem, no primeiro dia
útil desde o início da ofensiva
americana contra o Iraque, as embaixadas e consulados dos EUA
permaneceram fechados.
Na Arábia Saudita, onde vivem
cerca de 35 mil americanos, os cidadãos dos EUA, inclusive o pessoal diplomático, foi instruído a
permanecer dentro de casa, por
temor de atentados.
No Iêmen, a Embaixada dos
EUA ficou fechada. Dois manifestantes e um policial morreram
num protesto na sexta-feira.
Em Bahrein, cerca de 200 estudantes entraram em conflito com
a polícia, que respondeu com
bombas de gás lacrimogêneo.
Gritos de "morte à América" e
"morte a Israel" foram ouvidos
perto da Embaixada dos EUA.
Em Omã, a polícia impediu que
400 manifestantes, que gritavam
"Bush e Blair são inimigos de
Deus", chegassem à Embaixada
americana, que estava aberta.
No Cairo (Egito), cerca de 5.000
estudantes se reuniram na universidade de Al Azhar. "Oh, Exército árabe, onde está você?", gritavam, exigindo que os países árabes se unissem para defender o
Iraque.
Em Damasco, capital da Síria,
cerca de 700 estudantes universitários fizeram uma passeata, na
qual os EUA foram o alvo, mas
também os regimes árabes moderados. Eles acusaram o rei jordaniano, Abdullah 2º, de ser um
"agente americano".
Na Jordânia, cerca de 200 pessoas -a maioria mulheres de
preto- fizeram uma vigília.
No Sudão, na África, um estudante universitário de 19 anos foi
morto por policiais, afirmaram
testemunhas, durante um protesto ontem na capital (Cartum). A
polícia não quis comentar os relatos imediatamente.
Nos países muçulmanos da Ásia
ocorreram ontem protestos pacíficos contra a ação militar dos
EUA. Cerca de 2.000 protestaram
em frente à Embaixada dos EUA
em Jacarta, capital da Indonésia, o
país muçulmano mais populoso
do mundo.
Na Malásia, cerca de 8.000 protestaram numa Província. Na capital, autoridades cancelaram
manifestações previstas. No Paquistão, cerca de 500 estudantes
de escolas islâmicas realizaram
passeata em Lahore. Em Karachi,
capital comercial do país, bandeiras americanas foram queimadas.
Outros 15 mil muçulmanos participaram de um ato contra a
guerra em Calcutá, na Índia. Em
Nova Deli, capital indiana, cerca
de 5.000 marcharam em direção à
Embaixada dos EUA.
Com agências internacionais
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