|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Obama elogia melhora do Iraque, mas defende seu plano de retirada
Democrata passou pela Jordânia e já chegou a Israel, onde encontrará Olmert
DANIEL BERGAMASCO
DE NOVA YORK
Após visitar o Iraque, o candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, declarou ontem que "não há dúvida de que
a segurança melhorou" no país,
que foi invadido pelos EUA em
2003 sob pretexto de que escondia armas proibidas.
Em Amã, na Jordânia, Obama -que é criticado pelo rival
republicano, John McCain, por
ter votado no Senado contra o
reforço militar no Iraque- disse, contudo, que mantém seu
plano de retirar das tropas do
país em 16 meses se eleito. Afirmou também que cumprirá o
prazo mesmo que o principal
comandante militar dos EUA
para a região, general David Petraeus, lhe tenha dito que é
contra cronogramas -mesma
posição do governo Bush.
Na Jordânia, Obama focou
seu discurso no auxílio para as
negociações de paz entre israelenses e palestinos. Discutiu o
tema em encontro com o rei
jordaniano Abdullah 2º, que
enviou em seguida comunicado
em que classifica as opiniões de
Obama de "conciliadoras".
O elogio é exatamente o tipo
de manchete que busca na viagem a campanha do democrata,
tido pelos eleitores, segundo
pesquisas, como menos versado em questões internacionais.
Ainda ontem, Obama chegou
a Israel, onde encontrará o presidente Shimon Peres e o premiê Ehud Olmert. Também terá encontros com o presidente
e o premiê da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas e Salam Fayyed.
Em entrevista coletiva, Obama disse que colaborar com as
negociações de paz será prioridade "no minuto em que tomar
posse". Ponderou: "Não é realista esperar que um presidente
dos EUA possa sozinho, de repente, estalar os dedos e trazer
paz para a região".
Em junho, Obama havia causado furor na esquerda e no
centro ao declarar que Jerusalém deve "permanecer indivisível" como capital de Israel para
"preservar a identidade judaica" do país, algo que só a direita
israelense defende.
Após o Oriente Médio, Obama vai à Europa. Na Alemanha,
fará um discurso em um parque
de Berlim sobre parcerias entre
EUA e Europa. Visitará ainda
França e Inglaterra.
Texto Anterior: Parlamento aprova voto de confiança no premiê indiano Próximo Texto: Amor: Vídeo de McCain ironiza "paixão da mídia" por Obama Índice
|