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Cristina retoma diálogo com campo, mas não cede
Ruralistas argentinos pediam suspensão de imposto
ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES
A presidente argentina, Cristina Kirchner, negou-se a suspender a medida que determina o aumento de impostos sobre as exportações de grãos enquanto o projeto é avaliado pelo Congresso. A suspensão foi
pedida ontem pelos líderes ruralistas, que se reuniram com
Cristina, após o anúncio do fim
do locaute e do bloqueio às estradas do país na última sexta.
A presidente disse que a responsabilidade pela medida
agora é do Congresso Nacional.
Apesar da recusa, a reunião foi
avaliada como positiva pelos
dois lados. Os ruralistas terão
outros encontros com representantes do governo.
Após a reunião, os ruralistas
seriam recebidos pela Câmara
de Deputados. Os encontros
acontecem após mais de cem
dias de conflito. A crise foi marcada por bloqueios de estradas
e conseqüente desabastecimento de alimentos e combustíveis nas principais cidades.
Na semana passada, Cristina
decidiu enviar o projeto para
avaliação do Congresso, medida vista por analistas como
uma estratégia do governo para
transferir o ônus da medida aos
parlamentares.
Ontem, militantes kirchneristas entraram em confronto
com funcionários da Prefeitura
de Buenos Aires porque instalaram barracas, sem autorização, na praça em frente ao Congresso, para fazer campanha a
favor dos impostos.
Representantes do campo já
haviam anunciado que acampariam ali também, mas os movimentos de apoio ao governo
se apressaram para ocupar a
praça antes.
No fim de semana, foi registrada a primeira derrota eleitoral do governo pós-crise. Juan
Jure, antikirchnerista, foi eleito prefeito da cidade agrícola de
Río Cuarto, em Córdoba. Na
campanha, o candidato peronista ao cargo tentou desvincular sua imagem da do governo.
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