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Chávez nega ter oferecido a russos base na Venezuela
DA REDAÇÃO
O presidente venezuelano,
Hugo Chávez, disse ontem, ao
chegar em Portugal, que é "totalmente falsa" a informação
de que ele ofereceu, em visita
oficial a Moscou, abrigar uma
base militar russa na Venezuela
caso lhe fosse pedido. Chávez
atribuiu a notícia a uma guerra
midiática planejada. "Nos maltratam, nos preparam emboscadas", disse sobre a imprensa.
Segundo a oficialista ABN
(Agência Bolivariana de Notícias), o ministro venezuelano
da Comunicação e Informação,
Andrés Izarra, disse que a tradução da agência russa Interfax
tirou do contexto o discurso de
Chávez. Ele também voltou a
negar que os gastos do país com
armamentos russos nos próximos anos chegariam aos cogitados US$ 30 bilhões.
Ao lado do presidente russo,
Dmitri Medvedev, em Gorki,
nos arredores de Moscou, Chávez havia dito, segundo um intérprete, que "se as Forças Armadas russas quiserem estar
na Venezuela, serão recebidas
calorosamente", e que barcos
russos seriam bem-vindos. Depois, foi esclarecido que o verbo
correto era "visitar".
A sexta viagem do venezuelano à Rússia foi pontuada por
manifestações de cordialidade
mútua e retórica antiamericana. Chávez, que também se reuniu com o premiê e ex-presidente, Vladimir Putin, disse
que a proximidade com a Rússia "garante a soberania da Venezuela, ameaçada pelos EUA".
Dando seqüência ao seu giro
pela Europa, Chávez esteve ontem em Belarus, o segundo dos
quatro países que pretende visitar. Ele assinou com o seu homólogo Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, um
acordo para a exploração de
três campos petrolíferos na rica
faixa do Orinoco, na Venezuela.
O governo bielo-russo, por
sua vez, comprometeu-se a
participar da construção do sistema de defesa antiaéreo venezuelano. Chávez, que foi homenageado na praça Simón Bolívar, construída neste mês na
capital, Minsk, disse querer duplicar o comércio bilateral e
trabalhar com Belarus para
"derrotar o imperialismo".
Belarus é uma das poucas ex-Repúblicas soviéticas ainda na
esfera de influência russa, uma
vez que a maioria delas acena
para o Ocidente querendo integrar-se à União Européia ou à
Otan, a aliança militar ocidental. Lukashenko, que os EUA
chamam de "último ditador da
Europa, foi reeleito em 2006
sob acusações de fraude.
Chávez deixou Belarus ontem mesmo e chegou a Portugal. Até o final da semana, o venezuelano deve ir à Espanha,
onde se encontra com o rei
Juan Carlos, com quem discutiu no ano passado, e com o presidente do governo, José Luis
Rodríguez Zapatero.
Com agências internacionais
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