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Pleito na capital deverá ter decisão no 2º turno
DE BUENOS AIRES
A disputa pela Prefeitura de
Buenos Aires deverá ter segundo
turno, no dia 14 de setembro. As
últimas pesquisas divergem sobre
quem sairá vitorioso na eleição de
hoje, mas colocam o atual prefeito, Anibal Ibarra, e Maurício Macri, presidente do tradicional clube Boca Juniors, na liderança e
com uma diferença pequena.
As últimas pesquisas de intenção de voto dão vantagem para
Macri hoje, mas mostram que
Ibarra poderia começar à frente
num eventual segundo turno.
O último levantamento, realizado pela consultoria Analogias,
aponta que Macri teria agora
31,2% dos votos, e Ibarra, 30,6%.
Em terceiro lugar, ficaria Patricia
Bullrich (União para Recrear),
com 9,7%. Num eventual segundo turno em 14 de setembro, Ibarra teria 48,6%, e Macri, 38,4%.
Ibarra e Macri lideram as pesquisas de intenção de voto desde
o início da campanha eleitoral.
A candidatura do presidente do
Boca, que tem a maior torcida do
país, ganhou força depois que o time venceu a Taça Libertadores,
no começo de julho. Macri também é herdeiro de Francisco Macri, dono de um dos maiores grupos empresariais da Argentina
(Socma) e amigo do ex-presidente Carlos Menem (1989-99).
Buenos Aires, que é a capital argentina, tem 3 milhões de habitantes. É o motor econômico do
país e aglomera ao seu redor outras 24 cidades, que formam a
Grande Buenos Aires. A população da região metropolitana está
próxima dos 9 milhões.
A capital argentina sempre foi
considerada a mais européia das
cidades da América Latina. A crise dos últimos anos não conseguiu acabar com seu charme, mas
abalou a auto-estima de um povo
que chegou a ter estilo e qualidade
de vida comparáveis ao de países
do primeiro mundo.
A pujança do passado ainda pode ser recordada nos elegantes cafés, nas estações do metrô e na arquitetura de edifícios da região
central e de bairros como Palermo. Mas Buenos Aires, justamente por ser a mais populosa e o
principal centro financeiro argentino, sentiu de forma muito intensa os impactos da crise que retraiu
em quase 20% a economia do país
nos últimos quatro anos.
É a cidade com o maior índice
de desemprego (18%) na Argentina e também uma das mais violentas. Estatísticas recentes mostram um aumento de mais de
100% nos registros de roubos, assaltos e assassinatos nos últimos
cinco anos em Buenos Aires.
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