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Para cientistas, guerra nuclear mataria milhões
DA REUTERS
Uma guerra nuclear entre
a Índia e o Paquistão por
causa do agravamento da
tensão na Caxemira provocaria a morte de ao menos 3
milhões de pessoas, de acordo com depoimentos de
cientistas revelados anteontem pela revista científica
"New Scientist".
A maior parte das vítimas
morreria em decorrência da
explosão das armas nucleares, do fogo e da radiação
por ela gerados. Outras pessoas morreriam por conta
dos "efeitos colaterais" das
bombas atômicas, como a
penúria de água potável e as
doenças provocadas pela
maciça emissão de radiação.
"Mesmo que planejem
ações limitadas, os dois países não podem entrar em
guerra. O mais restrito dos
conflitos poderá sofrer uma
escalada perigosa, até mesmo com o uso de armas nucleares", afirmou M. V. Ramana, da Universidade de
Princeton (EUA).
Segundo uma estimativa
feita por ele e por outros
cientistas que trabalham em
universidades americanas,
se somente 10% das ogivas
nucleares dos dois Estados
explodissem nas dez cidades
mais populosas da região,
2,6 milhões de pessoas morreriam na Índia e 1,8 milhão
no Paquistão.
Os cálculos dos cientistas
se baseiam no que ocorreu
após a explosão de uma
bomba atômica em
Hiroshima, no Japão, em
1945. Assim, o fator determinante da eventual tragédia
seria a alta densidade demográfica da região. Se as bombas nucleares explodirem ao
tocar o solo, a poeira radioativa gerada poderá matar
pessoas que estiverem a centenas de quilômetros, ainda
de acordo com os cientistas.
Os esforços diplomáticos
para evitar uma nova guerra
indo-paquistanesa começaram com a recente chegada
do enviado da União Européia Chris Patten à região.
Ele encontrou-se com autoridades paquistanesas e
indianas e tentou convencê-las de que uma guerra prejudicaria os interesses de todos
os países do sul da Ásia. O
número dois do Departamento de Estado dos EUA,
Richard Armitage, chega à
região em 4 de junho.
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