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Disposição dos assentos na convenção reflete importância eleitoral dos Estados
DO ENVIADO ESPECIAL A DENVER
Os 23 delegados do pequeno
Estado de Delaware foram promovidos no mapa de cadeiras
da convenção democrata. Eles
seriam confinados ao fundo do
ginásio, mas o partido decidiu
passá-los para o "gargarejo" depois de anunciada a escolha do
senador local Joe Biden para
vice na chapa democrata.
A euforia foi imediata. A disposição das cadeiras no Pepsi
Center é tida como amostra do
status de cada Estado na convenção, já que não segue lógica
alfabética ou de sorteio. As delegações de Illinois, pelo qual
Obama é senador, e Colorado,
sede da convenção, também estão bem perto do palco.
Já Flórida e Michigan conseguiram bons lugares por razões
estratégicas. Primeiramente,
porque são ricos em votos no
Colégio Eleitoral (pontos conquistados pelo candidato ao
vencer em cada Estado, mesmo
que por apenas uma cédula).
Em segundo, porque as pesquisas projetam ali eleições acirradas. Por fim, há feridas a fechar:
os comitês estaduais de ambos
foram punidos pela cúpula democrata com peso menor de
votos nas prévias por desrespeito de regras.
Os pequenos e republicanos
Utah e Dakota do Sul estão em
má localização, nas laterais distantes, assim como o Estado associado de Porto Rico, onde o
povo tem direito a voto nas prévias, mas não na eleição geral. O
delegado porto-riquenho José
Marcano se diz "feliz". "O importante é estar aqui."
Marcano ilustra outro tipo de
"desigualdade" entre os Estados. Cada delegado paga por
sua hospedagem. A delegação
de Porto Rico se hospedou no
hotel Four Points, com diárias
perto de US$ 100. No Sheraton,
um dos mais caros da cidade,
estão Estados onde muitos dos
delegados são executivos empenhados em arrecadação de
fundos, como Nova York. "Estou pagando US$ 450 a diária.
Não acho caro", diz Steven
Ybarra, da Califórnia.
(DB)
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