São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2011

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Instituto mantém otimismo sobre economia dos países emergentes

DE WASHINGTON

Apesar da redução da entrada de dólares nos países emergentes nas duas últimas semanas, o Instituto Internacional de Finanças (IIF) revisou para cima sua projeção dos fluxos de capitais para essas economias.
Segundo a entidade, as entradas líquidas devem somar US$ 1,053 trilhão neste ano, contra US$ 1,009 trilhão em 2010 (e US$ 12 bilhões acima da projeção anterior, de junho). No ano que vem, o volume bateria em US$ 1,084 trilhão -US$ 28 bilhões acima do esperado antes.
O grupo avalia que as projeções de crescimento nesses países, ainda que revisadas para baixo, continuarão a atrair investidores insatisfeitos com as baixíssimas taxas de juros nos países ricos.
Para o IIF, as economias emergentes devem crescer 6,3% em 2011 e 6% 2012 (nos dois casos, 0,1 ponto abaixo do que prevê o FMI).
O Brasil, porém, fica abaixo da média, avançando 3,5% neste ano e 3,3% em 2012. O FMI prevê, respectivamente, crescimento de 3,8% e 3,6%, enquanto o Banco Central brasileiro projeta que o PIB avance 4%, dado que deve ser revisto. A enxurrada de dólares que entrou no país nos últimos meses alimentou temores de que o Brasil esteja inflando uma bolha de crédito.
O FMI insistiu em que o risco persiste mesmo com a alta de 15% da moeda americana frente ao real neste mês.
Falando a jornalistas em Washington, o presidente do Itaú-Unibanco, Roberto Setúbal, negou que haja bolha no país. "Não houve nenhum aumento expressivo nos índices de inadimplência".
Setúbal, que é vice-diretor do IIF, afirmou que os emergentes não escaparão de serem atingidos por um agravamento da crise, que deve pressionar a inflação e derrubar os preços das commodities que eles exportam. "Mas é importante diferenciar entre os diferentes países." (LC)


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