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Senado da França terá maioria de esquerdistas depois de eleição parcial
É a 1ª vez em 53 anos que a direita perde Câmara Alta, selando revés para Sarkozy
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O governo conservador do presidente da França, Nicolas Sarkozy, perdeu a maioria no Senado nas eleições indiretas para a escolha de metade dos parlamentares da casa realizadas ontem, configurando o primeiro domínio esquerdista da Câmara Alta desde 1958.
A eleição conferiu aos candidatos de partidos esquerdistas 177 das vagas, duas a mais que o necessário para constituir a maioria absoluta no Senado, composto por 348 representantes.
O Senado francês tem metade de suas cadeiras renovadas a cada três anos.
O secretário-geral do partido governista UMP, Jean François Copé, disse que a derrota da direita "é uma decepção, mas não uma surpresa, tendo em vista as sucessivas derrotas em eleições locais sofridas pelos conservadores desde 2004".
O revés para Sarkozy acontece a sete meses das eleições presidenciais de abril de 2012, quando ele poderá se candidatar à reeleição.
Com índices de aprovação em queda, Sarkozy enfrenta um cenário marcado pelo desemprego e pela queda do poder aquisitivo de parte da população francesa.
Com a perda no Senado, o governo Sarkozy ficará mais dependente da base aliada na Assembleia Nacional, a Câmara Baixa, para a aprovação de projetos de lei.
O resultado de ontem ressuscita esperanças da esquerda, que ainda se recupera do escândalo sexual envolvendo o socialista Dominique Strauss-Kahn, que renunciou à chefia do FMI após se envolver num escândalo sexual nos EUA. Antes de ter a imagem arranhada pelo caso, Strauss-Khan era visto como o candidato mais forte contra Sarkozy em 2012.
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