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TV americana aposta em transmissão extenuante de encontro partidário
DO ENVIADO A DENVER
É uma mistura de "American
Idol", como satirizou a Fox
News na segunda-feira, com
"Oscar para gente feia", para
pegar emprestada a definição
do humorista Craig Fergusson
para o jantar dos correspondentes da Casa Branca.
Com 15 mil a 20 mil jornalistas em Denver e as principais
emissoras noticiosas norte-americanas abrindo sua programação quase inteira para o
evento, o grau de exposição da
Convenção Democrata em
2008 atinge níveis inéditos.
Desde segunda-feira, CNN,
Fox News e MSNBC vêm dedicando entre 18 e 20 horas por
dia à cobertura de um evento
que, a rigor, apresenta um discurso importante por noite, de
cerca de meia hora, e uma segunda aparição de peso a cada
dia, de duração semelhante.
Na segunda, os postos foram
ocupados por Michelle Obama
e pelo senador Ted Kennedy.
Ontem, seria a vez de Hillary
Clinton e do ex-governador da
Virgínia Mark Warner. No resto do tempo, dá-lhe supervalorização de opinião ou de notícia
desimportante.
Emissoras como a CNN investiram pesado no evento. Só
para o discurso de Barack Obama, foi comprada uma câmera
aérea de US$ 100 mil. Na entrada do complexo da convenção,
fecharam um restaurante e o
rebatizaram CNN Grill.
A audiência divulgada no final do dia de ontem mostra
uma elevação do interesse em
geral -embora tenha havido
uma queda na TV aberta, que
recebe o grosso da publicidade.
No total, 21 milhões de pessoas
assistiram ao discurso de Michelle Obama, ante 18 milhões
que viram o de Bill Clinton em
noite equivalente de 2004.
(SÉRGIO DÁVILA)
NA INTERNET
www.folha.com.br/082394
leia análise sobre imagem de Michelle Obama
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