São Paulo, quarta-feira, 27 de agosto de 2008

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TV americana aposta em transmissão extenuante de encontro partidário

DO ENVIADO A DENVER

É uma mistura de "American Idol", como satirizou a Fox News na segunda-feira, com "Oscar para gente feia", para pegar emprestada a definição do humorista Craig Fergusson para o jantar dos correspondentes da Casa Branca.
Com 15 mil a 20 mil jornalistas em Denver e as principais emissoras noticiosas norte-americanas abrindo sua programação quase inteira para o evento, o grau de exposição da Convenção Democrata em 2008 atinge níveis inéditos.
Desde segunda-feira, CNN, Fox News e MSNBC vêm dedicando entre 18 e 20 horas por dia à cobertura de um evento que, a rigor, apresenta um discurso importante por noite, de cerca de meia hora, e uma segunda aparição de peso a cada dia, de duração semelhante.
Na segunda, os postos foram ocupados por Michelle Obama e pelo senador Ted Kennedy. Ontem, seria a vez de Hillary Clinton e do ex-governador da Virgínia Mark Warner. No resto do tempo, dá-lhe supervalorização de opinião ou de notícia desimportante.
Emissoras como a CNN investiram pesado no evento. Só para o discurso de Barack Obama, foi comprada uma câmera aérea de US$ 100 mil. Na entrada do complexo da convenção, fecharam um restaurante e o rebatizaram CNN Grill.
A audiência divulgada no final do dia de ontem mostra uma elevação do interesse em geral -embora tenha havido uma queda na TV aberta, que recebe o grosso da publicidade. No total, 21 milhões de pessoas assistiram ao discurso de Michelle Obama, ante 18 milhões que viram o de Bill Clinton em noite equivalente de 2004. (SÉRGIO DÁVILA)


NA INTERNET
www.folha.com.br/082394
leia análise sobre imagem de Michelle Obama


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