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Antigo aliado dos EUA, Honduras adere à Alba
DA REDAÇÃO
Um dos mais próximos aliados americanos das últimas décadas na América Central,
Honduras assinou anteontem
sua adesão à Alba (Alternativa
Bolivariana para as Américas),
projeto de integração continental liderado pelo venezuelano Hugo Chávez, adversário de
Washington.
O presidente Manuel Zelaya
justificou a adesão, que, para
entrar em vigor, depende de
um incerto aval do Congresso,
criticando a falta de apoio internacional ao país.
A Alba foi idealizada por Chávez, em 2004, em contraposição à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), iniciativa americana. Integram o bloco, além da Venezuela, Cuba,
Bolívia, Nicarágua e Dominica.
Fiel aliado americano na
Guerra Fria, Honduras serviu
nos anos 1980 de base para os
"contras", guerrilha patrocinada por Washington que combatia o governo sandinista na Nicarágua, e ainda hoje hospeda
soldados americanos em uma
de suas bases militares. Desde
2006, integra uma área de livre
comércio com os EUA.
Mas, com entre 65% e 70%
dos seus 7,5 milhões de habitantes em condição de pobreza,
28% de desempregados, e golpeado pela inflação mundial, o
país cedeu aos apelos dos petrodólares -US$ 400 milhões
anuais- prometidos por Chávez, além de linhas de financiamento e programas sociais.
"As décadas de relacionamento com os EUA não beneficiaram a todos os hondurenhos", disse Zelaya, até então
tido como de centro-direita.
Pelo acordo, fica permitida a
exploração de petróleo no Caribe hondurenho pela transnacional "Energía, Gas y Petróleo
da la Alba", segundo o jornal local "Tiempo".
Com agências internacionais
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