|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PARCERIA ESTRATÉGICA
Rússia e UE selam acordo, mas divergências persistem
DA REDAÇÃO
Em sua primeira cúpula
com a União Européia (UE),
o novo presidente russo,
Dmitri Medvedev, concordou ontem em abrir um "novo capítulo" na relação com
os líderes europeus, com
quem assinou um pacto de
cooperação estratégica que
substitui o anterior, de 1997.
O encontro, essencialmente político, antecede uma
reunião que acontecerá em
Bruxelas no dia 4 de julho,
quando Rússia e UE abordarão os aspectos práticos de
uma nova parceria cujos
contornos ainda são vagos.
Analistas e participantes
do encontro elogiaram o clima amistoso que reinou na
cúpula de Khanty-Mansiik,
próspera cidade petrolífera
na Sibéria, contrastando
com a tensão que marcou a
cúpula anterior, em 2007,
quando o então presidente
russo, Vladimir Putin, trocou farpas com europeus sobre direitos humanos.
Mas apesar da aparente
distensão, Rússia e UE terão
dificuldade em definir o conteúdo do acordo , já que fortes divergências persistem.
Na área energética, a UE,
cada vez mais dependente do
gás e petróleo russos, não
consegue convencer Moscou
a abrir o setor. O Kremlin só
aceita investimentos controlados por suas estatais.
Já a Rússia pressiona a UE
para ter mais acesso aos mercados energéticos europeus.
Outro tema de discussão é
um "pacto de segurança" que
Medvedev, presidente desde
março, pretende implementar na Europa para, segundo
ele, "diminuir a dependência
dos europeus em relação aos
EUA" na área militar. A UE
não compartilha da idéia.
O russo também criticou
os planos dos EUA para a instalação de um escudo antimísseis na Polônia e República Tcheca - membros do
bloco que já estiveram na esfera de influência soviética-
e pediu que a segurança européia não seja deixada a cargo de outros países.
Destoando do tom oficial,
um diplomata europeu disse
que os temas para debate entre UE e Rússia continuam
na mesa, agora sem a truculência de Putin.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Bascos querem votação para se separar da Espanha Próximo Texto: Itália: Premiê quer imunidade para não "perder tempo" na corte Índice
|