São Paulo, quinta-feira, 28 de julho de 2011

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Contaminado pela Grécia, Chipre tem sua nota de risco rebaixada

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um novo candidato a um socorro financeiro surgiu ontem na Europa. A agência Moody's rebaixou a nota de risco de Chipre em dois graus por causa da exposição do país à crise grega e à turbulência política interna.
O presidente Dimitris Christofias pediu ontem que todos os ministros de seu gabinete renunciem hoje.
A ilha de 1 milhão de habitantes no Mediterrâneo, que aderiu ao euro em 2008, continua classificada como grau de investimento.
Mas agora está a apenas dois níveis do grau especulativo ou "lixo".
Com o rebaixamento, a nota de risco de crédito cipriota passou de A2 para Baa1, ainda uma nota acima do Brasil.
Bancos de Chipre estão na lista dos que foram convocados a aderir voluntariamente ao pacote de resgate à Grécia, que terá participação privada de € 37 bilhões, valor que corresponde a pouco mais do dobro do PIB (Produto Interno Bruto) da ilha.
Dois bancos cipriotas têm € 5,8 bilhões em dívidas gregas nas suas carteiras.
Além do contágio da crise grega, o país tem seus problemas internos. O Chipre enfrenta uma crise econômica e energética desde que a principal usina de geração de energia explodiu no início do mês. O acidente foi o estopim de pressões para que o governo renuncie.
A S&P (Standard and Poor's) rebaixou a nota de risco da Grécia ontem para mais perto do calote. Foi a última agência a se pronunciar sobre o segundo pacote grego em pouco mais de um ano.
A Fitch e a Moody's já alertaram que deverão rebaixar a nota grega para calote quando o plano com participação privada for iniciado.
Classificado como "AAA", a melhor nota de risco na tabela das agências, a França recebeu um alerta do FMI (Fundo Monetário Internacional) sobre suas finanças. O Fundo pediu ao país mais cortes de gastos para não perder a meta de deficit fiscal.


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