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Chávez vai
impor preço
de venda a
argentina
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
O presidente da Venezuela,
Hugo Chávez, rompeu ontem
as negociações com o grupo
empresarial argentino Techint
para a compra da siderúrgica
Sidor, cuja nacionalização foi
decretada em abril passado.
"Eles têm sido prepotentes.
Então temos de tomar todas as
empresas que eles têm aqui.
Não podemos aceitar isso, o
tempo previsto para um acordo
se acabou, iremos adiante e pagaremos o que isso realmente
custa", disse Chávez.
O endurecimento venezuelano por falta de acordo sobre o
preço da maior siderúrgica do
país joga por terra os esforços
do governo Cristina Kirchner
para mediar um acordo. Até o
fechamento desta edição, a Casa Rosada não havia se pronunciado sobre o assunto. A agência oficial de notícias argentina
Telam, no entanto, citou fonte
não identificada da empresa,
dizendo que a Techint fará todos os esforços para seguir negociando um acordo satisfatório, mas, caso não o obtenha,
recorrerá ao Ciadi (Centro Internacional para Arbitragem de
Disputa sobre Investimento),
vinculado ao Banco Mundial.
A brasileira Usiminas, com
participação minoritária na Sidor, está fora das negociações.
Em uma demonstração de
que as nacionalizações ainda
não terminaram, Chávez anunciou ontem que o Estado assumirá a distribuição de combustível, hoje nas mãos de empresas nacionais e estrangeiras.
A nacionalização ocorre por
meio de uma lei para o setor
que deve ser aprovada em semanas. Chávez negou rumores
de que nacionalizaria também
os postos de combustível.
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