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IRAQUE
Grupo dá ultimato à França
Islâmicos capturam jornalistas franceses
DA REDAÇÃO
Militantes iraquianos seqüestraram dois jornalistas franceses e
deram o prazo de 48 horas para
que o governo da França revogue
a lei que proíbe o uso do véu islâmico nos colégios públicos do
país, segundo informou ontem a
rede de TV Al Jazira.
A rede baseada no Qatar disse
ter recebido a fita do grupo, que se
autodenomina Exército Islâmico
no Iraque, e exibiu por alguns segundos a imagem em que os reféns franceses apareciam falando.
Segundo o apresentador do noticiário do canal, o grupo descreveu o banimento do uso de véu
como "uma injustiça e uma agressão contra a religião muçulmana
e as liberdades individuais".
A TV não informou quando recebeu a fita, cuja autenticidade
não pôde ser comprovada.
Os dois reféns são Christian
Chesnot, colaborador da Radio
France e da Radio France Internacional (RFI), e Georges Malbrunot, enviado especial dos jornais
"Le Figaro" e "Ouest-France".
Eles desapareceram no dia 20 de
agosto, quando viajavam de Bagdá a Najaf, cenário de violência e
enfrentamentos entre o Exército
dos EUA e os militantes fiéis ao
clérigo xiita Moqtada al Sadr.
Na semana passada, o chanceler
francês disse que dois jornalistas
franceses estavam desaparecidos
no Iraque. Ontem, seu porta-voz
disse não ter nada a declarar. "Estamos tentando analisar as informações que ficamos sabendo da
mesma forma que vocês."
A França tem a maior população muçulmana na Europa -5
milhões. O mesmo grupo que reivindicou a captura dos franceses
executou o jornalista italiano Enzo Baldoni, que havia sido seqüestrado no Iraque e cuja morte foi
anunciada na quinta-feira à noite.
Bagdá
Militantes xiitas voltaram a enfrentar forças americanas ontem,
desta vez no empobrecido bairro
de Sadr City, em Bagdá, reduto do
clérigo al Sadr. Em outra área da
cidade, um morteiro caiu numa
rua movimentada, em nova onda
de violência na capital iraquiana
que provocou cinco mortes e deixou dezenas de feridos.
A cidade de Najaf teve ontem o
seu primeiro dia tranqüilo após
três semanas de combates, que
deixaram centenas de iraquianos
mortos. Anteontem, militantes
leais a Al Sadr deixaram a mesquita do imã Ali após acordo celebrado na véspera com o principal
líder xiita iraquiano, Ali al Sistani.
Com agências internacionais
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