|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
País estuda fusão nuclear, anuncia Teerã
DA REDAÇÃO
Em novo lampejo verbal
recebido com uma mistura
de incredulidade e desconfiança pela comunidade internacional, o Irã anunciou
ontem estar estudando há
cinco anos planos para a fusão nuclear.
A "fusão", ("reação nuclear
em que núcleos leves reagem
para formar outro mais pesado, com grande desprendimento de energia", diz o "Aurélio") não é ainda uma técnica economicamente rentável para finalidades pacíficas,
por consumir uma quantidade de energia bem maior que
a gerada.
Desde o ano passado, há
um consórcio internacional
-integrado por EUA, China,
Japão, União Européia, Índia e Coréia do Sul- que trabalha na produção de um
reator termonuclear experimental. O projeto, chamado
Iter, tem como sede Cadarache (sul da França). Se tudo
der certo, o reator experimental estará funcionando
apenas em 2040.
As pesquisas em fusão foram anunciadas por Sadat
Hosseini, que dirige o departamento técnico do Centro
de Pesquisa Nuclear da Organização Iraniana de Energia Atômica. Ele não detalhou o programa nem as razões que o levaram a anunciar sua existência.
Hosseini declarou à TV
oficial que "os cientistas nucleares iranianos estão competindo com os centros mais
avançados do mundo na produção de energia nuclear por
meio da fusão".
Esse processo difere da
"fissão" ("em que um núcleo
atômico, geralmente pesado,
se divide em duas partes de
massas comparáveis, emitindo nêutrons e liberando
grande quantidade de energia", segundo ainda o "Aurélio"), usada correntemente
por reatores termonucleares
em atividades comerciais.
Ainda ontem, o porta-voz
do governo iraniano, Hossein Elham, disse que seu
país não tinha planos de aceitar a transferência do processo de enriquecimento de
urânio (tecnologia mais rudimentar) a uma empresa binacional com sede na Rússia.
Essa seria uma solução
aceita pelos integrantes do
Conselho de Segurança da
ONU, onde o programa nuclear do Irã é objeto de deliberações.
Negação do Holocausto
Em entrevista à revista
alemã "Der Spiegel", o presidente iraniano, Mahmoud
Amhadinejad, voltou a pôr
em dúvida a existência do
Holocausto e argumentou
novamente que, se ele existiu, os países europeus deveriam compensar os judeus
em lugar de fazê-los "ocupar" as terras palestinas.
Com agências internacionais
Texto Anterior: EUA tentam isolar Irã sem aval ONU, diz jornal Próximo Texto: Chanceler do Hamas rejeita plebiscito Índice
|