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Chanceler do Hamas rejeita plebiscito
Para Zahar, grupo tampouco reconhecerá Israel, condição dada por Abbas para não haver a consulta
DA REDAÇÃO
O Hamas não irá reconhecer
a existência de Israel nem retornar às negociações de paz,
afirmou ontem o ministro palestino das Relações Exteriores, Mahmoud Zahar, durante
viagem à Malásia.
Zahar, que é também um dos
líderes do grupo terrorista,
acrescentou que um plebiscito
sobre o tema, como propõe
Mahmoud Abbas, presidente
da Autoridade Nacional Palestina, é "perda de tempo e dinheiro".
"Ninguém pode confiar em
Israel. Ninguém pode confiar
nos Estados Unidos. A América
está sufocando o nosso povo",
declarou. O Hamas, cujo braço
político detém a maioria no
Parlamento palestino, prega a
destruição de Israel.
"Nós não temos medo de um
plebiscito. Mas é uma perda de
tempo e de dinheiro. Um processo como esse exige dinheiro", afirmou.
Presente à Malásia por ocasião de um congresso, o ministro palestino passou por constrangimento ao descobrir que
Farak Kaddoumi, integrante
do grupo rival Fatah, de Abbas,
também fora convidado para o
encontro. Em represália, Zahar
faltou ao congresso.
"Não posso ficar lado ao lado
com um homem que não está
representando o governo palestino. Ele [Kaddoumi] está fazendo jogo sujo", declarou. O
integrante do Fatah, em resposta, ironizou: "Disse a ele que
iria treiná-lo [a trabalhar com
diplomacia]. Ele é um homem
jovem. Não tem experiência".
O Hamas e o Fatah passaram
recentemente por uma crise
que levou a um confronto entre
forças de segurança palestinas
e membros do grupo terrorista
nas ruas da faixa de Gaza, deixando um saldo de dez mortos.
"Ninguém está negando que
há uma grande divisão [entre o
Hamas e o Fatah]. Mas quem é
o juiz? As pessoas votaram no
Hamas como represente delas
[no Parlamento]", disse Zahar.
Prisão
Soldados israelenses prenderam ontem perto de Nablus, na
Cisjordânia, dois militantes palestinos que supostamente fariam um atentado suicida. Dentro da bolsa que carregavam foi
encontrada uma bomba de 7 kg
que continha pregos e pedaços
de metal. O Exército israelense
reforçou a segurança na Cisjordânia após informações sobre a
possibilidade de um atentado
suicida.
Também ontem, a filha do
primeiro-ministro palestino,
Ismail Haniyeh, foi detida ao
tentar visitar seu noivo, em
uma prisão no sul de Israel,
usando uma identidade falsa.
Haola Haniyeh foi levada a
uma delegacia para interrogatório e depois foi liberada. O
porta-voz do governo palestino
afirmou que provavelmente
seu pai não tinha conhecimento da viagem à prisão.
Com agências internacionais
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