São Paulo, terça-feira, 30 de maio de 2006

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ARGENTINA

Kirchner diz querer militares longe de "terrorismo de Estado"

DE BUENOS AIRES

Irritado com a participação de militares em um ato em defesa da "luta contra a subversão" na ditadura, o presidente argentino, Néstor Kirchner, afirmou ontem que quer soldados "distantes do terrorismo de Estado".
No fim de semana, cinco oficiais foram punidos com até 40 dias de detenção por terem assistido, e ainda de uniforme do Exército, a uma cerimônia em homenagem aos militares e civis vítimas da guerrilha de esquerda nos anos 70. Ao ato, na semana passada, também foram homenageados militares da reserva que atuaram na ditadura (1976-1983). Um jornalista foi agredido e o chefe do Exército, Roberto Bendini, foi chamado de "lacaio".
Kirchner acusou os manifestantes de fazerem "apologia ao delito". Bendini afirmou que não vai "tolerar atos que conspirem contra a coesão da força". O presidente argentino fez menção, pela primeira vez, a uma outra crise recente nas Forças Armadas: condenou o caso descoberto de espionagem ilegal na Marinha, em março, que levou o governo a passar todos os serviços de inteligência das forças para o Ministério da Defesa.


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