|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Futuro do líder georgiano está em discussão
DO "LE MONDE"
O presidente da Geórgia,
Mikhail Saakashvili, já é objeto de críticas internas que,
se intensificadas, podem
comprometer seu futuro político. "Os russos não são os
únicos responsáveis pelo que
aconteceu. Saakashvili fracassou em sua obrigação de
evitar essa guerra desastrosa", diz a líder do partido de
oposição Por Uma Geórgia
Unida, Eka Besselia.
Segundo ela, estão sendo
estudadas algumas opções,
inclusive uma campanha por
eleições antecipadas, "já que
não imaginamos que Saakashvili continue a governar,
depois de nos ter mergulhado nessa crise profunda".
Ela se referia ao fato de a
Geórgia ter iniciado a guerra,
ao tentar retomar pela força
a Ossétia do Sul.
A dirigente disse, no entanto, que por enquanto será
respeitada "uma moratória
nos confrontos políticos internos", até que os militares
russos deixem o país.
Outros oposicionistas sugerem manifestações semelhantes às de 2007, quando
Saakashvili foi obrigado a declarar estado de emergência
e a convocar eleições presidenciais antecipadas, reelegendo-se no primeiro turno.
Dentro do situacionismo,
o nome forte seria o de Nino
Bourjanadze, que antes da
guerra se demitiu da Presidência do Parlamento em razão de "erros cometidos pelo
governo". Ela foi por duas vezes chefe de Estado interina
e dirige uma fundação respeitada por políticos de todas as tendências.
Saakashvili foi eleito em
2003, prometendo que seu
país "seria reunificado". Ele
o conseguiu ao menos com
relação à Adjária, região autônoma muçulmana no sul.
Texto Anterior: União Européia não votará punições contra Moscou Próximo Texto: Repressão: Cantor punk anti-regime escapa da cadeia em Cuba Índice
|