São Paulo, domingo, 01 de agosto de 2004


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Pólo produtivo cumpre ciclo de vida e enfraquece

DA REPORTAGEM LOCAL

Nada é eterno. Ainda que incentivado no início, o ciclo de vida de um pólo regional produtivo pode facilmente se encerrar com o passar dos anos.
Mudanças na orientação das atividades, alterações urbanas e até o próprio crescimento das empresas -que às vezes leva a novos endereços- são fatores que contribuem para o fim.
Há cerca de 50 anos, a Vila Carrão, na zona leste de São Paulo, era referência no setor de tecelagem nacional. Funcionavam ali diversas fábricas de tecido de todos os portes.
A vocação empreendedora orientada a esse setor foi despertada basicamente por famílias de imigrantes que se mudaram para lá a partir da década de 40. A mão-de-obra era abundante, e as empresas compartilhavam treinamento.
Remanescente daqueles tempos, a F.Deleu, fundada em 1947 pelo francês Florent Deleu, é uma das poucas empresas que permanecem no local. "Já estamos estudando a mudança porque essa área é hoje predominantemente residencial", comenta o diretor Fabiano Deleu, 29, neto do fundador.
Do passado, a F.Deleu conserva lições de gestão de quem começou com quatro máquinas, batalhando para que uma área de difícil acesso virasse referência de fornecimento.
"Até hoje prezamos muito os acordos verbais e consideramos os contratos mera documentação. E tendemos a proteger os funcionários e a ajudá-los como meu avô fazia."


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