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Pólo produtivo cumpre ciclo de vida e enfraquece
DA REPORTAGEM LOCAL
Nada é eterno. Ainda que incentivado no início, o ciclo de
vida de um pólo regional produtivo pode facilmente se encerrar com o passar dos anos.
Mudanças na orientação das
atividades, alterações urbanas e
até o próprio crescimento das
empresas -que às vezes leva a
novos endereços- são fatores
que contribuem para o fim.
Há cerca de 50 anos, a Vila
Carrão, na zona leste de São
Paulo, era referência no setor
de tecelagem nacional. Funcionavam ali diversas fábricas de
tecido de todos os portes.
A vocação empreendedora
orientada a esse setor foi despertada basicamente por famílias de imigrantes que se mudaram para lá a partir da década
de 40. A mão-de-obra era
abundante, e as empresas compartilhavam treinamento.
Remanescente daqueles tempos, a F.Deleu, fundada em
1947 pelo francês Florent Deleu, é uma das poucas empresas que permanecem no local.
"Já estamos estudando a mudança porque essa área é hoje
predominantemente residencial", comenta o diretor Fabiano Deleu, 29, neto do fundador.
Do passado, a F.Deleu conserva lições de gestão de quem
começou com quatro máquinas, batalhando para que uma
área de difícil acesso virasse referência de fornecimento.
"Até hoje prezamos muito os
acordos verbais e consideramos os contratos mera documentação. E tendemos a proteger os funcionários e a ajudá-los como meu avô fazia."
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