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Tecnologia reforça poder competitivo
DA ENVIADA ESPECIAL A PERNAMBUCO
Para fazer com que a produção
do Pólo de Confecções do Agreste
não seja desbancada pela concorrência internacional, o Centro
Tecnológico da Moda, na cidade
de Caruaru, foi a ferramenta criada pelo governo estadual.
Planejado pela Secretaria de
Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado, o centro foca no
aumento do poder competitivo
das peças produzidas na região
por meio de consultorias subsidiadas em parceria com o Sebrae
(Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa).
Prevê ainda a implantação de
dois cursos de nível superior, um
de sistemas da informação e outro
de moda e estilismo.
A idéia é a de que preço baixo
-hoje principal atrativo das peças feitas no pólo- não é garantia
de continuidade dos negócios.
"Inovar é a regra do mercado globalizado. E não se inova sem desenvolvimento tecnológico", observa o secretário estadual de tecnologia, Cláudio Marinho, para
quem o empreendedorismo no
agreste é "condição típica da vida
no semi-árido nordestino".
Uma das contribuições do centro é tentar inibir a prática da imitação e incentivar a criatividade
na concepção dos produtos. Para
isso, um núcleo de design atende
hoje as empresas locais.
"Atualmente, até os integrantes
das oficinas familiares estão começando a nos procurar para saber o que é design e como podem
usar isso pra se fortalecer", comenta a coordenadora do núcleo,
Daniela Vasconcelos, 31.
"Antes, tudo era copiado. Eles
copiavam roupas das novelas, das
revistas, imitavam uns aos outros.
Com a disseminação da preocupação com design, queremos chegar a uma identidade da moda do
agreste. Mas leva tempo."
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