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Expositores do Amazontech anunciam interesse de expandir e esperam propostas de São Paulo e do Rio
Norte procura parcerias no Sudeste
DO ENVIADO ESPECIAL A MANAUS
A feira e as rodadas de projetos
do Amazontech 2003 revelaram
boas oportunidades de negócio
para empresários paulistanos interessados em ser representantes,
distribuidores ou revendedores
de produtos amazônicos ou ainda
em investir em pesquisas científicas desenvolvidas na região.
Empreendedores de diversos
Estados anunciaram no evento
que pretendem negociar com o
Sudeste, sobretudo com São Paulo. O que falta? Os parceiros. São
produtores de doces, flores exóticas, couro vegetal, móveis, cerâmicas tapajônicas e marajoaras,
guaraná em pó, derivados de babaçu, artesanato e outros.
"A Amazônia é um universo de
possibilidades que podem ser exploradas por pequenos e grandes
empresários", afirma o diretor-presidente do Sebrae Nacional,
Silvano Gianni. "Com seus produtos, ela pode ser um bom diferencial de negócio no Sudeste."
Com capacidade para produzir
2.000 peças por mês, a Cor Nativa
(cornativa@bol.com.br), de Manaus -que fabrica roupas artesanais com algodão cru, usando jarina (o chamado marfim vegetal)
e sementes de açaí como botões e
fazendo pespontos de fibra de tucum-, já fez vendas para São
Paulo, mas busca um representante ou um distribuidor fixo.
A maranhense Raimunda Nonata Amorim, 53, que há 20 anos
fabrica doces, licores e bombons
de frutas regionais usando a marca Tia Noca (0/xx/98/225-4116),
participou de rodada de negócios
no evento para buscar parceiros.
"Recebi proposta até do Carreffour", conta. Segundo ela, que
vende em média 500 potes de doce por mês, a empresa pode aumentar bastante a produção.
Na rede de lojas Peg & Faça, em
São Paulo, já é possível encontrar
um produto para controle de insetos feito com extrato da planta
nim pela empresa Natureza Agrícola (natucidvendas@terra.com.br), em Mato Grosso, que
expôs na Amazontech com apoio
do Sebrae. "Queremos vender
ainda mais para São Paulo", afirma o supervisor-geral de vendas
da empresa, Waldir Rozo.
Betty Castro, presidente da Paraflor (Associação Paraense de
Floricultura e Plantas Medicinais), conta que alguns produtores aceitam pedidos de flores nativas do Xingu via internet e enviam plantas para todo o Brasil.
Pesquisas
No comércio de guaraná, as opções são muitas. Há quem venda
o pó em sachês, em grãos ou misturado em energéticos. O guaraná
orgânico, no entanto, tem ganhado espaço nesse mercado.
O agrônomo Rivaldo Gonçalves
de Araújo, 55, por exemplo, produz guaraná desse tipo utilizando
técnicas de uma comunidade indígena (agrorisa@uol.com.br).
Ele revela que está em negociação
para fechar contrato de distribuição em São Paulo, mas que aceita
propostas de interessados.
O guaraná orgânico e a produção de óleo diesel de dendê são alguns dos destaques de pesquisa
da Embrapa Amazônia Ocidental
que devem render bons negócios.
No Inpa (Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia), a fabricação do "fishburger", hambúrguer feito com peixes da região
amazônica, é uma das novidades.
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