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MERCADO
Brasil é o 2º em produção nesse mercado; estimativa é faturar R$ 800 mi em 2003, diz associação
País "dá banho" em setor de piscinas
PAULA LAGO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Oferecer o dueto sombra e água
fresca para os consumidores saiu
do segmento de artigos luxuosos,
inacessíveis e de procura restrita.
O clima tropical e as inovações
tecnológicas ajudaram o Brasil a
ser hoje o segundo maior mercado de piscinas do mundo, com estimativa de 1,3 milhão de unidades instaladas até dezembro deste
ano -só atrás dos Estados Unidos, com 11 milhões de piscinas.
Segundo dados da Anapp (Associação Nacional de Fabricantes,
Construtores de Piscinas e Produtos Afins), o mercado ainda tem
potencial de crescimento. A estimativa é a de que o faturamento
do setor neste ano atinja R$ 800
milhões, 7% mais que em 2002.
Hoje o consumidor tem mais
opções no que se refere ao material utilizado na piscina, e há tempos elas não precisam mais ser retangulares, formato tradicional
da "era do azulejo". As alternativas em fibra de vidro e em vinil
deram maior flexibilidade à forma e reduziram os custos.
Em São Paulo, por exemplo,
uma piscina tamanho padrão (8
m de comprimento x 4 m de largura x 1,5 m de profundidade) pode custar em média R$ 15 mil se
for de azulejo, R$ 8.300 quando de
fibra e R$ 7.000 em vinil.
"Diferença de preço, praticidade na instalação, ausência de problemas posteriores [como rachaduras] e a diversificação de projetos que o vinil oferece fizeram
com que nossos clientes da classe
média aumentassem", avalia
Marcos Sorrilha, 46, proprietário
da fabricante de piscinas Sibrape.
A empresa espera vender 12 mil
unidades de tamanho padrão
neste ano. "O ano foi atípico devido aos ajustes econômicos, mas
esperamos ter um crescimento de
7%. Contamos com o "aquecimento" do país para que as pessoas voltem a investir em lazer."
Atuar na área não significa necessariamente fabricar ou vender
piscinas. Manutenção e fornecimento de acessórios são partes
quase indissociáveis. Assim,
quem trabalha com itens como
produtos químicos, equipamentos, decoração, filtragem e aquecimento de água, entre outros, também encontra uma brecha.
Na Mineração Jundu, que produz minerais industriais (areias,
por exemplo) e tem as piscinas
como um de seus nichos -pois
atua na filtragem e no tratamento
da água-, faltam representantes
regionais. "Produzimos areia certificada e, como o custo do transporte fica muito alto, ter representantes regionais é nossa meta
atual", afirma Edson Gumiero, 51,
gerente de marketing e vendas.
Torcer pelo sol
Antes de mergulhar de cabeça
nessa idéia, o empreendedor deve
estar consciente da sazonalidade
do negócio. "De abril a agosto há
uma queda considerável. Trabalho com outras linhas para equilibrar o orçamento", explica Jorge
Americo Calil, 43, gerente comercial da Aquanaut, que tem nos
acessórios para natação, como
óculos, protetor de ouvido e touca, seu carro-chefe (60% das vendas), mas que também trabalha
com roupas e artigos de ginástica.
"Tenho de torcer pelo sol. Agora em outubro é que o mercado
aquece realmente, e os clientes
querem sempre tudo pronto para
aproveitar o calor", emenda Guido Rainone, 57, sócio-proprietário da Central Park Piscinas.
Anapp: 0/xx/11/5523-8688; Aquanaut:
0/xx/11/3271-5444; Central Park:
0/xx/11/3611-7595; Mineração Jundu:
0/xx/19/3583-9276.
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