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GESTÃO
Final de ano proporciona aumento nas vendas e
também um risco maior de ficar sem receber os pagamentos
Espírito natalino não doma inadimplência
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Dezembro, Natal, loja cheia.
Alegria de todo lojista nesta época
do ano, o intenso tráfego de consumidores -animados com a
chegada do 13º salário- também
guarda um risco bem conhecido
do comércio: a inadimplência.
Segundo o instituto Gastão Vidigal e a Associação Comercial de
São Paulo (ACSP), dezembro e janeiro são os meses com o maior
número de ocorrências de cheques sustados ou sem fundo.
O empresário que quiser evitar
esse tipo de aborrecimento precisa resistir a algumas tentações e
manter os olhos bem abertos.
Com a loja movimentada, a tendência é realizar menos consultas
financeiras aos serviços de informação disponíveis no mercado
(CheckOk, Serasa, TeleCheque,
UseCheque e outros) para agilizar
o atendimento aos clientes. É preciso, contudo, evitar a tentação de
"afrouxar" esses cuidados.
"É sempre um dilema: vender é
importante, mas receber é mais",
opina Marcel Solimeo, diretor de
economia da ACSP. Segundo ele,
trata-se de erro achar que uma
grande movimentação de consumidores é sinônimo de lucro.
"Não vá pelas aparências. Até receber o pagamento, não relaxe."
Além da verificação rotineira,
outras dicas, menos difundidas,
ajudam a evitar as perdas.
Gustavo Hutter, gerente comercial da CheckOk diz que uma medida simples, mas efetiva, é pedir
que o cliente assine o verso do
cheque logo após ter assinado a
frente. "Geralmente o estelionatário assina o cheque de qualquer
jeito e não consegue repetir a
mesma assinatura no verso."
Outros conselhos que ele dá são:
não aceitar cheques de terceiros,
exigir a carteira de identidade do
emitente e observar se o comprador anota o valor e a data do cheque no canhoto do talão. "Caso
ele não faça isso, é aconselhável
redobrar os cuidados e confirmar
todos os dados disponíveis", recomenda Hutter.
(RE)
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