|
Próximo Texto | Índice
Analistas sugerem negócios "tradicionais" e "alternativos" que custam de R$ 10 mil a R$ 50 mil
Conheça 10 opções de investimento
MARCOS LOBO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Dono de um dos maiores índices de empreendedorismo do
mundo, o Brasil registra anualmente o nascimento de milhares
de micro e pequenas empresas
cujo investimento inicial varia de
R$ 10 mil a R$ 50 mil.
As opções de investimento para
quem quer virar patrão são muitas, desde docerias até "pet
shops", passando por brechós ou
bancas de jornal. A melhor escolha depende de cada um, mas, entre as possibilidades, especialistas
ouvidos pela Folha sugerem dez
(veja quadro na pág. 3) com tendência de crescimento.
Os negócios propostos foram
divididos em cinco faixas de preço e subdivididos nas categorias
"tradicional" e "alternativo", para
que sejam escolhidos de acordo
com o perfil do empresário.
Em todos os casos, especialistas
sugerem que o investidor aplique
seu estilo próprio, sua "marca
pessoal" à companhia. "A pessoa
que pretende abrir seu negócio
tem de buscar algo novo, para diferenciá-lo", afirma Roy Martelanc, professor de administração
financeira da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP.
Opções
Na primeira faixa de preço, a de
R$ 10 mil, a sugestão de negócio
mais tradicional é um brechó,
com a possibilidade de trabalhar
com objetos de colecionador,
além de roupas usadas.
A iniciativa demanda pouca
infra-estrutura, mas requer uma
boa pesquisa para oferecer apenas
material de qualidade.
Mais inusitada é a opção por
uma agência virtual de venda de
carros. "A vantagem é que não há
necessidade de estoque", salienta
o professor de criação de novos
negócios da FGV-Eaesp (Escola
de Administração de Empresas
de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas), Francisco Guglielme.
R$ 20 mil
Um degrau acima na escala, as
sugestões na faixa de R$ 20 mil
são para abrir "dog centers" e
bancas de jornal diferenciadas.
O primeiro, alternativo, é um
conceito norte-americano que
envolve quiosques abertos 24 horas por dia, oferecendo lanches
rápidos, como cachorros-quentes, batatas fritas e milk-shakes.
Para diferenciar o negócio de
"dogueiros" informais de rua, a
receita é investir no design da loja
e em tipos variados de salsichas,
pães e molhos.
A banca de jornal pode se destacar oferecendo livros ou revistas
importadas como forma de atingir clientes dispostos a gastar.
R$ 30 mil
A faixa dos investimentos de
maior vulto, a partir de R$ 30 mil,
traz opções que exigem mais
atenção do gestor.
Na casa dos R$ 30 mil, os negócios sugeridos são uma loja de artigos religiosos e uma quitanda de
alto padrão, para as classes A e B.
O público de artigos religiosos é
exigente, mas pode ser fidelizado
com rapidez. Para isso, convém
pesquisar bem quais artigos podem agradar mais aos fiéis e caprichar na exposição das peças.
Já a quitanda diferenciada deve
ter um ar chique e oferecer verduras, frutas e legumes de primeira
qualidade, aliados a um atendimento impecável. O mercado é tido como em expansão no país.
R$ 40 mil e R$ 50 mil
As opções seguintes são um "pet
shop", um "fast pizza" (ambos R$
40 mil), uma doceria e um minimercado de produtos "light"
(ambos R$ 50 mil).
O "fast pizza" é um conceito
pouco explorado no país. A idéia
é oferecer a possibilidade de o
cliente montar sua pizza ou então
servir-se em um bufê com vários
sabores já prontos.
Na linha de alimentos e bebidas,
a última opção tradicional é uma
doceria de alto padrão, com produtos difíceis de serem encontrados. O investimento previsto para
tanto é de R$ 50 mil.
À maneira da quitanda chique,
se o empresário possuir R$ 50 mil
poderá investir em algo mais ousado: um minimercado especializado em comida saudável, dos tipos "light" e natural.
Colaborou RENATO ESSENFELDER,
free-lance para a Folha
Próximo Texto: Maravilhoso mundo cão: Luxo para cães traz bons lucros Índice
|