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FEIRAS
Os alvos são EUA, América Latina e Oriente Médio
Francal acelera passo para as exportações
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A partir de amanhã, dia 15, profissionais do setor de calçados podem conferir a Francal 2002 (Feira de Calçados, Acessórios de Moda, Máquinas e Componentes).
Estão programados para o
evento um fórum de tendências,
exposições de bijuterias e semijóias e um concurso dirigido aos
estudantes de moda, aos estilistas
e aos modelistas de calçados.
Além de ver as tendências para a
primavera e para o verão, os empresários podem participar, por
exemplo, de discussões sobre a
criação da Ablac (Associação Brasileira dos Lojistas de Artefatos e
Calçados) e conhecer programas
de capacitação para a exportação.
O evento terá a presença de 45
expositores estrangeiros e de importadores. "Esperamos mais de
2.000 empresários, especialmente
de países da América Latina", estima Abdala Jamil Abdala, 55,
presidente da Francal.
A Abicalçados (Associação Brasileira das Indústrias de Calçados)
realizará um seminário amanhã,
às 10h15, para apresentar o programa de capacitação de empresas para a exportação, promovido
em parceria com a Apex (Agência
de Promoção de Exportações).
"Nossa intenção é ampliar as
vendas, especialmente em países
da América Latina e do Oriente
Médio", diz Heitor Klein, 56, diretor-executivo da Abicalçados.
Os países-alvo no Oriente Médio -região que atualmente
compra 2 milhões de pares de calçados brasileiros- são os Emirados Árabes e a Arábia Saudita.
Gosto similar
Já na América Latina, todos os
países são considerados interessantes. "Eles consomem o mesmo
produto que é vendido no Brasil,
ao contrário da Europa e dos Estados Unidos", afirma Klein, ressaltando que os latinos também
são grandes compradores de calçados infantis e esportivos.
A maior quantidade de exportações se concentra nos calçados femininos e de couro, e o maior
comprador são os Estados Unidos, que arrematam 70% das vendas brasileiras ao exterior.
O Rio Grande do Sul é o maior
exportador brasileiro, responsável por 81% das vendas externas.
Isso porque o Estado se especializou em calçados femininos, os
mais consumidos lá fora.
Já em São Paulo, que conta com
pólos de confecção de calçados
masculinos (Franca), femininos
(Jaú) e infantis (Birigui), a produção é destinada ao mercado interno. Mas Klein afirma que os empresários paulistas ainda têm espaços para explorar no exterior.
Para Abdala, o calçado brasileiro é bem-visto no exterior, e os fabricantes podem despertar mais
interesse dos importadores aproveitando diferenciais como matérias-primas típicas do país.
Mas o estilo internacionalizado
ainda predomina. "O Brasil ainda
não tem expressão para ter um
conceito próprio de moda. Pode
ampliar as vendas quando são
atreladas a eventos culturais", diz
Klein.
(BRUNA MARTINS FONTES)
Francal 2002 - de 15 a 18 de julho, das
10h às 19h, no Anhembi (av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana). Entrada gratuita.
Informações: www.francal.com.br.
Abicalçados: 0/xx/51/594-7011.
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