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CAPA
Shoppings proíbem técnica
Mesmo sutil, abordagem pode irritar
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Mesmo quando praticada de
forma sutil, seguindo a ética traçada pelos especialistas, a abordagem desagrada a alguns clientes e
recebe críticas até de quem mantém atendentes em frente às lojas.
All Parmegiana e Beef's dizem
que seus funcionários não são
vendedores e que são orientados a
sempre aguardar o cliente.
"[Abordar" é predatório e
agressivo. Não somos invasores,
nossa política não é "à la Bush"
[George W. Bush". Somos bem
quietinhos ", diz Raymond Gericke, diretor do grupo All Foods.
Nos shoppings Anália Franco
(zona leste de São Paulo) e Morumbi (oeste), a abordagem de
consumidores é proibida -só é
aceita quando o cliente está na
área privativa da loja. "Somos
cautelosos. Pesquisas que fizemos
dizem que o consumidor se incomoda", diz Luiz Alberto Quinta,
superintendente da rede Renasce,
que administra os shoppings. As
pesquisas não foram divulgadas.
Os fast foods alegam que fazem
adaptações para seguir o regulamento de cada shopping, mas
afirmam que não costumam ter
problemas se a abordagem é sutil.
Segundo Quinta, os atendentes
não podem dizer nem mesmo um
"bom dia, senhor", se o cliente
não estiver na área da loja. Ele diz
que o controle, feito pelos seguranças, é difícil, mas funciona.
Nos shoppings Paulista (sul),
West Plaza (oeste) e Ibirapuera
(sul), não há a proibição, mas, segundo as administrações, tenta-se
controlar eventuais excessos. "A
pessoa, tentando ser simpática,
não deixa de cometer uma invasão", reclama o engenheiro Walter Tadeu Mestrinel, 39, que às vezes almoça no shopping Paulista.
Para André Urdan, da FGV-Eaesp, a dificuldade de manter o
"mix" de lojas pode levar shoppings a permitir excessos. "A prática é incompatível com shopping. Se o indivíduo quisesse ser
abordado insistentemente, iria à
[rua" 25 de Março [região de comércio considerado "popular'"."
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