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OPORTUNIDADE
Novo modelo prevê 3.000 postos de conveniência dentro de outros estabelecimentos
Correios buscam parceria com lojas
FREE-LANCE PARA A FOLHA
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos busca pequenos
empresários no país para estabelecer novo modelo de parceria.
Estão abertas até o final de julho
as licitações para que donos de
pequenos negócios possam abrir
filiais do "Correios Conveniência", que presta os mesmos serviços postais das agências tradicionais, mas em parceria com outros
tipos de estabelecimentos.
"A idéia é formatar agências
pulverizadas, presentes em mais
regiões do país. Pretendemos ter
3.000 novas lojas até o final de
2003", afirma Altemir Linhares,
40, gerente nacional de franchising dos Correios. Em São Paulo,
há mais de 500 áreas em licitação.
Os 1.500 franqueados que a empresa tem no país podem entrar
nessa disputa. Como seus contratos vencem no final do ano e não
serão renovados, podem participar da licitação para manter o negócio. Se forem aprovados, terão
de se readaptar em até dois anos.
Para instalar uma dessas agências, os interessados terão de investir cerca de R$ 20 mil, o que inclui a permissão -uma taxa única de R$ 5.000-, o mobiliário e
também os equipamentos.
Compatibilidade
As novas unidades devem dar
receita de R$ 200 mil a R$ 300 mil
por ano, de acordo com Linhares,
e render para o empreendedor
cerca de 16% desse valor.
Por isso o empresário deve ficar
de olho nas finanças, de acordo
com Sandro Luiz Neves, 36, coordenador do Balcão Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas).
"Dependendo do faturamento,
a empresa pode sair do Simples
[sistema integrado de pagamento
de impostos e contribuições para
micro e pequenas empresas". É
preciso avaliar se vale a pena."
As unidades do "Correios Conveniência" começaram a ser oferecidas no final de 2001. Hoje 75
processos estão em licitação, e oito lojas já foram inauguradas.
Em São Paulo, a primeira foi a
de Renato Jardim, 27, proprietário da papelaria RM Jardim, na
zona sul. Há quatro anos tentando se tornar um franqueado dos
Correios, foi aprovado na licitação para o novo modelo e investiu
R$ 35 mil para reformar a sua loja.
"O movimento na papelaria deve aumentar bastante porque essa
é uma atividade correlata", diz.
Quem quiser instalar um posto
em sua loja deve entrar em contato com a comissão de licitação para saber se o negócio pertence a
um ramo de atividade compatível
com a operação dos Correios e se
está em uma região-alvo.
(BMF)
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