|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
MARKETING
Empresários apostam em propaganda eletrônica para aumentar clientela e negócios
E-mail substitui antiga mala-direta
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Imagine um tipo de propaganda praticamente sem custo de
produção ou de distribuição, focada diretamente no seu público-alvo. Pode parecer bom demais
para ser realidade, mas essas são
as possibilidades trabalhadas por
uma nova tendência em marketing: o mailing eletrônico.
O princípio é o mesmo da mala-direta tradicional, com uma nova
roupagem. No lugar dos gastos
com selos, papéis e envelopes, entram os e-mails, personalizados,
com custo próximo a zero, trazendo promoções e anúncios de
mercadorias ou de serviços.
A ferramenta vem se fortificando com o crescimento da internet
no país. "Acho que a mala-direta
vai acabar, mas isso ainda demora
um pouco", diz Adriana Naves,
diretora de planejamento estratégico do provedor de internet IG.
O provedor é usuário assíduo de
técnicas de "e-mail marketing".
Para tanto, mantém um cadastro
com 9 milhões de endereços.
Montar um mailing eletrônico
para fazer divulgação, porém, não
é privilégio de grandes empresas.
Ao contrário, grupos como IG,
Webmotors e Submarino (que,
juntos, têm mais de 12 milhões de
cadastros) recomendam que pequenas empresas levem a sério as
possibilidades dessa ferramenta.
"É até uma alternativa para
quem não tem muita verba para
marketing. O custo é pequeno, e a
abrangência, grande", diz Fernando Ortenblad, gerente de
CRM (gerenciamento de relações
com o cliente) do Webmotors.
O dono do salão de cabeleireiros
Santorini Hair, Gylnei Bueno,
apostou na idéia. Aberto há 40
dias, o salão já tem cerca de 2.400
e-mails registrados. No cadastro,
além dos dados pessoais, Bueno
também anota preferências pessoais: corte favorito, tintura geralmente aplicada e outros detalhes.
Ele afirma que está se empenhando também para atualizar
um cadastro antigo, com 6.000
nomes, que não contém e-mails.
O esforço é para reduzir os gastos
com postagem: são R$ 4.000 para
enviar 6.000 cartas.
A estratégia está em sintonia
com os conselhos de outros empresários. "O ponto crucial para o
sucesso é atingir o público correto", diz Eduardo Mariano, gerente de marketing da Festo, empresa
de automação industrial.
Seleção
Para atingir o objetivo pretendido, o ideal é que o empresário
construa sua própria base de dados, partindo do zero.
Não basta ter um cadastro volumoso, é preciso saber o perfil de
cada cliente. Por isso a compra de
mailings de empresas (ou até de
camelôs, que já vendem CDs prometendo milhões de cadastros) é
fortemente desaconselhada.
Além de ser considerada ilegal,
a medida pode denegrir a imagem
da empresa, por violar a privacidade dos internautas com propaganda não-autorizada (spam).
(RENATO ESSENFELDER)
Texto Anterior: Decisão precipitada pode acabar com sonho Próximo Texto: Feiras e congressos: Comdex traz novas tecnologias para empresas Índice
|