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"Canibalismo" é queixa de empresário
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O ramo de água mineral não é
novidade para José Itamar de
Castro, 54, que atua nele há 15
anos. De 1988 a 1998, trabalhou
como transportador autônomo
para diversas distribuidoras. Há
cinco anos, abriu sua própria revenda, a Cristal Água, no bairro
da Penha, zona leste de São Paulo.
Castro entrou no negócio de
distribuição porque o frete que recebia pelo transporte de água "já
não compensava". Abriu a revenda em sociedade com o irmão e
com o filho. Ele afirma, no entanto, que o aumento da concorrência afetou o movimento.
"Se não houvesse tantos concorrentes, até daria para trabalhar
bem nesse ramo", comenta. Segundo Castro, desde que o negócio foi aberto, as vendas já caíram
aproximadamente 50%. "Com
tanta gente trabalhando com entrega, [o faturamento] vai caindo
mesmo", afirma o empresário.
Concorrência desleal
Há 29 anos no ramo, Alexandre
Delallo, diretor do grupo de revendedoras Água Leve, também
se queixa. Segundo ele, alguns revendedores trabalham com fontes que ficam dentro da cidade de
São Paulo, o que torna a concorrência "desleal". "A economia
atingida por quem trabalha com
fontes dentro da capital [devido
ao frete menor] atrai mais gente
para o negócio. O mercado acaba
sendo "canibalizado'", conclui.
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