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Na hora de ampliar negócio, muitas empresas acabam quebrando; planejamento reduz riscos
Expansão é salto, mas não no escuro
GIOVANA TIZIANI
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Para quem já venceu o desafio
de abrir um negócio e sobreviver
no mercado, o próximo passo geralmente é pensar em expandi-lo.
Montar uma filial, passar a franquear a marca ou investir na ampliação e na modernização da
própria loja são alternativas, mas
exigem do empreendedor algumas _ou muitas_ ponderações
antes de serem escolhidas.
"É bem no momento de dar um
salto que muitas empresas acabam quebrando", diz Maria Carolina de Azevedo Ferreira de Souza, professora do Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia
da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Para ela, só é possível pensar em
crescer quando o negócio já está
consolidado e o empreendedor
tem capital próprio suficiente para sustentá-lo por pelo menos seis
meses, qualquer que seja a opção.
Tales Andreassi, professor da
Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação
Getúlio Vargas (Eaesp-FGV), afirma ser conservador ao indicar o
melhor momento de crescer.
"Não há regra. Mas ter capital
próprio, empregados bem treinados e um sócio confiável pode
ajudar a minimizar os riscos."
Último suspiro
Antes da decisão, é preciso ter
claro que qualquer forma de expansão envolve risco e que o importante é que ele seja calculado.
Souza recomenda fazer um rigoroso projeto de avaliação econômico-financeira e projetar despesas e receitas sem otimismo.
Segundo ela, há como se precaver. "O empresário não pode ser
ansioso e pensar em expansão como o último suspiro de um negócio que já está perdendo o fôlego."
Andreassi aconselha prestar
atenção na sazonalidade do empreendimento, evitar as épocas de
recessão e sempre abrir uma nova
loja antes dos picos de venda.
A sugestão do consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) Guilherme Luiz de Oliveira é pesquisar o mercado, visitar associações
do setor e conversar com empresários que estão tendo sucesso. "A
dica é gastar 90% do tempo planejando e 10% executando", afirma.
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