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FRANCHISING
Pãozinho americano, sanduíche light e calzone são novidades
Empresas trazem idéias para fast food
FREE-LANCE PARA A FOLHA
O mercado de lanches rápidos, embora bastante concorrido, pode ainda ser explorado com alguns diferenciais. Pelo menos três franquias têm planos para entrar no mercado de São Paulo.
A rede de fast food catarinense
Mini Kalzone é uma delas. "Queremos fazer parte do maior mercado do país. Dois terços dos
shoppings do Brasil estão em São
Paulo", diz Murilo Naspolini, dono da marca que já abriu 22 lojas,
distribuídas em Santa Catarina,
no Ceará e no Rio Grande do Sul.
O plano de expansão da franquia, que abre loja em Campinas
(SP) em dezembro, é ter 30 unidades no Estado e uma fábrica para
abastecê-las até o final de 2004.
Para aproveitar parte da demanda, no entanto, é preciso cercar-se de cuidados, dizem os consultores de franchising.
A área de fast food é muito concorrida, avaliam os especialistas.
"As praças de alimentação são
uma arena feroz de disputa. Para
uma marca nova, é muito difícil
entrar", alerta André Nudelman,
da consultoria Inovation.
Pelo interior
Outra marca que está de olho no
mercado paulista é a curitibana
Engenheiro dos Sanduíches. A estratégia do dono, João Suckow Ribas, é começar pelo interior.
"As cidades têm um público
com bom poder aquisitivo, muitos universitários, sob medida para o nosso produto." A proposta
do empreendimento é vender
sanduíches especiais, com menos
gordura (veja quadro no alto).
Depois do interior, com a marca
mais conhecida, ele quer abrir lojas também na capital.
Ribas faz coro com os consultores segundo os quais para ir bem
na área, ainda mais num mercado
competitivo, é preciso ter um rígido controle dos chamados custos
variáveis: insumos e embalagens.
"Pode parecer fácil, mas esse é o
tipo de negócio "barriga no balcão", com o dono no controle de
tudo para que não haja desvio de
produção ou desperdício", diz
Marcelo Cherto, do Instituto
Franchising.
Bagel
Produtos estrangeiros, como o
bagel, pertencente a outra companhia catarinense, exigem esforço
maior para emplacar.
O bagel (pronuncia-se beigol)
-pãozinho típico da culinária
americana em formato de rosca,
que pode ser servido sozinho ou
como base de sanduíches- será
o carro-chefe da Mister Bagel, ainda sem lojas franqueadas.
Apesar de não ter feito nenhuma pesquisa de aceitação de paladar no mercado brasileiro, o criador da franquia, Bernard Bokoko,
60, considera suficientes os três
anos em que a loja piloto Mister
Bagel funcionou em Florianópolis
para considerar que o produto
pode "pegar" no Brasil.
Além do chamariz da novidade
e do preço (R$ 1,50 o pãozinho de
110 g), o empresário aposta que o
bagel tem outros apelos no mercado. "Ele é muito versátil, pode
ser doce ou salgado e acompanhar café e refrigerante."
Antes, no entanto, de desembolsar os R$ 70 mil de capital inicial da Mister Bagel, os empresários interessados devem ouvir a
opinião de consultores.
"Para quem gosta de aventura e
é persistente pode ser uma boa
opção", avisa Nudelman.
A cautela deve-se, principalmente, ao desconhecimento do
produto. "Quem entra nesse mercado deve saber que vai ter de separar um bom dinheiro para divulgação", diz Paulo Ancona, da Vecchi & Ancona Consultoria.
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