|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Êxito gera surpresa até para a família
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Existem negócios que, a princípio, dão a impressão de alcançar
um público restrito, talvez inexistente. Mas, ao ganharem as ruas,
provam ter lugar no mercado.
Foi o que aconteceu com Maída
Novaes, 40. Nascida no interior,
teve uma idéia insólita para desenvolver o que seria apenas um
passatempo: organizar serenatas.
"No começo, riram da minha
cara. A coisa toda parecia um ET",
lembra. Ou seja: algo fora do lugar, um costume de cidade pequena a ser implantado na maior
metrópole da América Latina.
Novaes colocou um anúncio em
revista e, em sua primeira noite de
trabalho, há mais de 11 anos, conseguiu dois clientes, um delegado
"que não parava de chorar" e um
outro, em uma pizzaria.
Nos primeiros cinco anos pouca
gente conhecia os Trovadores Urbanos. Segundo os participantes,
a dedicação ao negócio foi total,
inclusive com cursos para aprender "como tratar o cliente". Hoje
são 500 serenatas por mês e uma
estrutura com 70 pessoas, vendas
por telemarketing e até controle
de qualidade da apresentação.
A atriz Kiki Sudário, 34, por sua
vez, transformou o que havia sido
qualificado por sua família como
"loucura de artista" em uma marca que atualmente gera um lucro
líquido de R$ 18 mil mensais.
"Fiz da vingança, que remete a
coisas ruins, um negócio doce",
afirma. Seu marido contara que
certa vez, nos Estados Unidos,
recebera flores murchas de uma
admiradora insatisfeita.
Inspirada pelo episódio, Sudário criou, há oito anos, a loja Doces Vinganças, que vende artefatos como peixes mortos ou sacos
d'água acompanhados de dizeres
criativos. Atores são escalados para, a caráter, fazerem as entregas.
"As pessoas pagam pela idéia
das mensagens", diz ela, que tem
mais de 30 fornecedores, em sua
maioria artesãos.
Texto Anterior: Empresa vai para a frente contra a maré Próximo Texto: Cliente releva até os nomes esdrúxulos Índice
|