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OPORTUNIDADE
BB e CEF têm linhas de financiamento
Maquina usada pode custar 50% menos
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Adquirir máquinas usadas é
um caminho muito trilhado por
quem não dispõe do capital necessário para abrir ou ampliar um
negócio. Esses equipamentos custam, em média, de 10% a 50% menos do que os novos e podem ser
financiados ou importados.
"É um processo muito comum
quando o empreendedor ainda
não tem faturamento para obter
crédito e comprar novos equipamentos. A máquina usada é mais
acessível", afirma Joseph Couri,
presidente do Simpi (Sindicato da
Micro e Pequena Indústria).
Segundo o consultor Jaime Jimenez, 33, é mais comum que
parceiros e funcionários das fabricantes de equipamentos entrem no ramo de usados. "Eles já
conhecem a máquina e fazem
uma espécie de recauchutagem."
Foi assim que Paulo Borba, 63,
comprou quatro máquinas de vedação plástica para embalagens.
Vendedor da Selovac, que produz
os equipamentos, percebeu que
poderia recomprar as peças "aposentadas" por clientes e investiu
R$ 50 mil por aparelhos que, novos, custam R$ 250 mil. Depois
abriu uma empresa própria.
Cuidados
Embora vantajosas, as máquinas usadas exigem cuidados na
aquisição: é preciso verificar seu
funcionamento e a adequação para a produção, procurar estabelecimentos confiáveis e exigir nota
fiscal. Um teste, se possível acompanhado de pessoal técnico, também é imprescindível.
O processo de compra de usados varia muito de acordo com o
segmento e a utilidade: equipamentos médicos, por exemplo,
precisam ser avaliados segundo
normas rígidas. Já máquinas importadas para qualquer finalidade
demandam avaliações técnicas no
país de origem -Alemanha, Itália, Estados Unidos e Argentina
são os principais fornecedores de
máquinas usadas para o Brasil.
Para trazer ao país um desses
equipamentos, o empresário precisa contratar uma empresa que
faça um atestado do valor do maquinário. "Nos últimos dois anos,
devido à crise aguda, muitas linhas de produção da Argentina
vieram parar aqui no Brasil", comenta Marcelo Stenzer, 36, diretor de serviços industriais da SGS
do Brasil, que presta esse serviço.
Crédito
A possibilidade de financiar
uma máquina usada é aberta pelo
Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal. Ambos operam o
Proger, uma linha de crédito do
Ministério do Trabalho com recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Na CEF, diz o gerente de mercados, Jair Luís Mahl, o valor máximo do empréstimo é R$ 50 mil,
com prazo de 48 meses. Para solicitar o dinheiro, disponível para
firmas com faturamento anual de
até R$ 1,2 milhão, é preciso ter ao
menos um ano de mercado.
No Banco do Brasil, o teto do
crédito é de R$ 100 mil, a serem
devolvidos em até 60 meses. O interessado deve providenciar um
projeto de investimento com a expectativa de receitas e despesas,
exceto para pedidos iguais ou inferiores a R$ 50 mil.
(JULIANA GARÇON)
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