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QUALIDADE DE VIDA
Refeição balanceada diminui incidência de doenças e melhora desempenho
Fator obesidade pesa nos negócios
PAULA LAGO
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Hoje muitas pessoas devem ter
feito ou ainda farão a fatídica promessa de domingo: "Amanhã começo um regime". Manter a palavra fica difícil já na hora do almoço, na empresa, com a variedade
de pratos e com os colegas abusando de frituras, massas, doces e
outros pecados nutricionais.
Para ajudar quem quer perder
peso, empregadores de pequeno e
médio portes têm seguido os
grandes ao investir na educação
alimentar dos funcionários.
"Nossos clientes pedem refeições
saudáveis, com energia na medida certa", diz Cristina Bernardes,
45, administradora-geral da Master Kitchen, empresa de alimentação coletiva que tem 22 pequenas
e médias como clientes.
Não é só intuição ou modismo.
Pesquisa do Abbott Laboratórios
aponta que, entre obesos e pessoas com sobrepeso, emagrecer é
mais difícil que parar de fumar e
poupar dinheiro, por exemplo.
A pesquisa foi feita com 8.500
pessoas de 18 a 64 anos, em nove
localidades (Alemanha, Brasil, Espanha, França, Hong Kong, Itália,
México, Reino Unido e Taiwan),
em fevereiro. Considerando-se o
universo brasileiro, o número de
obesos chega a 16 milhões de pessoas, cerca de 10% da população.
Apesar de campeãs na adesão a
dietas, as mulheres sofrem menos
com a obesidade: 33% têm sobrepeso contra 43% dos homens. O
avanço da idade acompanha a
maior concentração de pessoas
com sobrepeso -na faixa de 55 a
64 anos, somam 46%.
Impacto
E por que o pequeno e o médio
empreendedores resolveram regular o peso dos funcionários?
"Pelo impacto das doenças provocadas pela obesidade no desempenho profissional", responde Jader Baima, 37, gerente médico do Abbott e endocrinologista.
Ele cita uma pesquisa da Universidade de Michigan (EUA) para comprovar a afirmação. Segundo o estudo, pessoas obesas ou
com sobrepeso faltam 50% mais
dias no trabalho que colegas com
peso considerado normal.
"A maioria das pessoas ignora
os objetivos da perda de peso.
Não é só um benefício estético,
mas uma redução no aparecimento de doenças cardiovasculares e respiratórias, hipertensão,
diabetes, infarto, derrame etc."
Seja contratando nutricionistas
ou mesmo distribuindo folhetos,
conscientizar os empregados de
que se alimentar bem influi na
qualidade de vida tem sido a tônica das empresas que elegeram o
sobrepeso como vilão.
Na Sara Lee Cafés foram promovidas palestras sobre obesidade aos funcionários, e nutricionistas supervisionam a alimentação
servida no restaurante interno.
"Orientamos os funcionários a
manterem a qualidade da alimentação em função da saúde", afirma Elisete Nogueira de Oliveira,
46, gerente de desenvolvimento e
comunicação interna.
A tecnologia também ajuda. A
Teknisa desenvolveu um software, o Tekfood (de R$ 1.500 a R$
5.000, mais implantação), que gerencia alimentos e dietas especiais. "O nutricionista monta o
cardápio levando em conta calorias, redução de custos e desperdícios", explica George Lima de
Paula, 38, diretor de negócios.
Abbott: 0800-788889 (oferece palestras grátis); Master Kitchen: 0/xx/11/4343-6996: Teknisa: 0/xx/31/2122-2300.
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