São Paulo, domingo, 24 de novembro de 2002 |
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ANÁLISE Voluntariado precisa crescer mais entre jovens, defende Milú Villela
DA REDAÇÃO
JOVEM VOLUNTÁRIO - A decisão
de centralizar nas escolas o foco
gerador de empreendimentos sociais é estratégica, segundo a presidente do Faça Parte. "O jovem é
nosso presente e futuro. Há um
número grande de potenciais voluntários que vão introjetar o conceito de responsabilidade social
desde o começo da vida e nunca
mais vão parar", acredita Villela. ASSISTENCIALISMO - Milú Villela
destaca ainda a importância do
engajamento no terceiro setor e
diz que o "assistencialismo deve
ser combatido". "Esse termo é
coisa do passado. O terceiro setor
tem de ser engajado, como nos
anos 60 e 70, quando havia um
comprometimento político. Agora é a hora da militância social." LULA - A expectativa da empresária em relação ao governo de
Luiz Inácio Lula da Silva é positiva. "Ele vai querer a participação
de todos e deve fazer um governo
mais voltado ao social." Para ela, a
própria vitória de Lula mostra
que o país está preparado para desenvolver o conceito de voluntariado: "O fato de o elegermos por
sua história de vida mostra que
estamos engajados para ter um
Brasil melhor e mais justo". ECONOMIA - O contexto conturbado da economia brasileira e
mundial não deve afetar as iniciativas do terceiro setor, na opinião
de Villela. "A economia não rege
o país. Achamos que sem educação não podemos chegar à economia. As empresas vêm respondendo bem aos projetos sociais e,
mesmo em situação difícil, sabem
a importância dessas iniciativas." MICROEMPRESAS - "As micro e
médias empresas são mais conscientes e podem ter um papel essencial no trabalho voluntário",
afirma Villela. A sugestão seria
aproveitar o menor porte para selecionar os funcionários, que, então, "escolhem a tarefa que gostariam de fazer, na creche, no hospital ou na praça, doando parte do
tempo de seu trabalho". |
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